Carlos Américo
O ministro Carlos Minc foi saudado, nesta sexta-feira (30/10), em Barcelona, na Espanha, pela aprovação do Fundo Nacional sobre Mudança Climática, durante reunião de ministros de Meio Ambiente dos principais países que participarão da Convenção do Clima (COP-15), em dezembro, em Copenhague, na Dinamarca. Os ministros debatem questões que devem constar no novo acordo climático mundial, que vai substituir o Protocolo de Kyoto, que vence em 2012. O Fundo Clima foi aprovado pela Câmara dos Deputados na quarta-feira (28/10) e vai para análise do Senado.
Segundo Minc, o fundo brasileiro é o primeiro no mundo a destinar recursos do petróleo - 6% da participação da produção - para financiamento de ações de adaptação à mudança climática e programas de controle de gases de efeito estufa. "O fundo foi reconhecido como uma proposta forte, o que destaca o protagonismo do Brasil. Vamos chegar a Copenhague como o único país que aprovou um fundo de mudanças climáticas, cuja base é o petróleo", comemorou.
Em Barcelona, Minc voltou a defender a proposta de os países destinarem o dinheiro do petróleo a um fundo mundial para mitigação de efeitos climáticos. Reiterou que o Brasil deve assumir o papel de protagonista na negociação internacional de Copenhague sobre o clima. "No lugar de uma proposta para substituir o Protocolo de Kyoto devemos ir mais além", defendeu o ministro.
Na reunião preparatória para a Convenção das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-15), os ministros discutem a criação de um fundo global para ajudar países em desenvolvimento com a questão climática. Minc defendeu a proposta de criação do fundo de emergência, e ressaltou que o recurso deverá ajudar os países pobres na criação de planos de ações nacionais de mitigação.
Minc ainda apresentou, em Barcelona, as ações do governo brasileiro para reduzir os efeitos da mudança do clima. Ele destacou a proposta do MMA que está em discussão no governo brasileiro para ser levada à COP-15 de redução em 80% do desmatamento da Amazônia, até 2020, e a meta para o corte de emissões de CO², entre 30% e 40%, em relação à tendência do crescimento.
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