A Coomflona vem desenvolvendo um dos trabalhos mais bem sucedidos no país de retirada sustentável de madeira, com a manutenção da floresta em pé, pelos próprios integrantes. Este ano, a cooperativa conseguiu vender 20 mil metros cúbicos de madeira, a serem entregues até o final de dezembro, por R$ 3,9 milhões. Os dois valores são inéditos para o grupo.
Com a tendência de crescimento no volume de madeira, os comunitários têm se preocupado tornar a gerência da cooperativa cada vez mais transparente e eficiente. O conselho fiscal contribui para o controle sobre as ações da associação, e quanto melhor for esse processo, mais benefícios podem ser levados às comunidades da região.
"É uma preocupação que nós temos acompanhar os balancetes para ter informações e colocar para os associados. Um dos objetivos é trazer benefícios para as populações tradicionais. Estamos apostando que vai dar certo", diz o conselheiro fiscal recém-empossado João Pedro Batista, 53 anos, da comunidade Pedreira.
Formação O Serviço Florestal Brasileiro apóia a Coomflona desde dezembro de 2008, quando um diagnóstico levantou as principais demandas da cooperativa. Desde então, já foram realizados cursos de capacitação em cooperativismo e interpretação de balanços financeiros.
"A Coomflona, além de ser um modelo de gestão do manejo florestal comunitário, é também um laboratório para aplicar cursos que outras comunidades, quando estiverem no grau de maturidade da Coomflona, vão demandar", diz o administrador Hélio Pontes, da Gerência de Florestas Comunitárias do Serviço Florestal. Esse conhecimento ficará disponível para futuros treinamentos pelo Centro Nacional de Apoio ao Manejo Florestal (Cenaflor).
Quase 60% das florestas públicas brasileiras são destinada ao uso comunitário, o que significa que os moradores dessas áreas são potenciais beneficiados das capacitações realizadas pelo Serviço Florestal, órgão responsável pela gestão das florestas públicas.
Redes Sociais