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Desmatamento na Amazônia em agosto cai 34%

A área desmatada no mês passado, apontada pelo Deter, foi de 498,1 km². Pará, Mato Grosso e Rondônia são os estados com maior registro de destruição da floresta
Publicado: Quarta, 23 Setembro 2009 21:00 Última modificação: Quarta, 23 Setembro 2009 21:00
Maiesse Gramacho

O desmatamento da Amazônia, em agosto de 2009, diminuiu 34% em relação ao mesmo mês de 2008. A área desmatada no mês passado, apontada pelo Deter, foi de 498,1 km². E o estado que registrou maior índice de destruição da floresta foi o Pará, com 301,18 km², seguido do Mato Grosso (105,24 km²) e Rondônia (50,93 km²). Os dados foram divulgados na tarde desta quinta-feira (24/9) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e comentado pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, em coletiva à imprensa.

De acordo com o ministro, a pouca incidência de nuvens na área monitorada pelo Deter em agosto "faz com que os dados coletados sejam muito próximos da realidade". Se considerado o período de janeiro a agosto, 2009 registrou uma queda de 57% em relação ao mesmo período de 2008. E quando comparado ao desmatamento do último mês de julho, a queda foi de 40%.

Segundo o ministro, em 2009 será registrado o menor desmatamento dos últimos vinte anos. "Pela primeira vez em vinte anos, [o desmatamento] será abaixo de 9 mil km²." Minc disse que o menor nível registrado foi em 1991, com, segundo ele, 11.100 km² (de agosto a julho).

Apesar dos índices registrados pelo sistema de monitoramento, o ministro disse que ainda não está satisfeito. "Eu não comemoro, sempre acho que a queda no desmatamento não é satisfatória. Eu quero desmatamento zero."

Mesmo assim, o ministro ressaltou que a queda é "importante". "A diminuição mostra que estamos suando a camisa, combatendo o crime, a impunidade, 'asfixiando' os predadores e criando alternativas, que serão a solução para um futuro mais sustentável", disse. "Mas ainda precisamos trabalhar muito", completou.

AÇÕES CONJUNTAS - Ao comentar os dados do Deter, Carlos Minc chamou a atenção para a queda no desmatamento em áreas onde o MMA, o Ibama e a Polícia Federal têm realizado operações conjuntas de combate a crimes ambientais. "O Ibama, por exemplo, mobilizou servidores de outros lugares, para atuar na região", contou.

Carlos Minc também destacou a Operação Arco de Fogo, da Polícia Federal. O coordenador da iniciativa, delegado Alcir Teixeira, participou da coletiva e apresentou os resultados da iniciativa, desde março de 2008, quando começou a funcionar.

Segundo ele, nesse período, 214 inquéritos policiais foram instaurados, 198 prisões efetuadas e mais de 93 mil m³ de madeira apreendidos. "Se considerarmos que um caminhão comporta 20 m³, podemos ter uma noção do que esse número significa", disse.

NOVAS FRENTES - Minc aproveitou a coletiva para anunciar que ações semelhantes às realizadas na Amazônia já começaram a ser feitas no Cerrado e, em breve, também ocorrerão na Caatinga. "Tudo o que estamos fazendo na Amazônia, vamos fazer no Cerrado e na Caatinga."

Para isso, no entanto, Minc espera que seja aprovada pelo Congresso lei que cria mil novos cargos para o Ibama e para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. (ICMBio). "Serão 450 [cargos] para o ICMBio e 550 para o Ibama, necessários porque já abrimos a frente do Cerrado e em novembro teremos a Caatinga para monitorar e impedir que vire deserto."

O sistema DETER é um levantamento mensal feito pelo Inpe desde maio de 2004. O sistema monitora, por satélite, o desmatamento na Floresta Amazônica.

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