A proposta do Macrozoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia deve ser apresentado ao Itamaraty para que faça parte da agenda de viagem do presidente Lula ao Peru no mês de dezembro. O instrumento de ordenamento territorial foi recebido pelos países andino/amazônicos como a ferramenta ideal para articular e integrar a região amazônica por meio de uma mesa de diálogo entre os países.
Essas foram as principais decisões tomadas pelos participantes do Seminário Internacional Andino/Amazônico, ocorrido em Iquitos (Peru) entre os dias 15 e 17 de setembro. Além de representantes dos países andinos e amazônicos e do Ministério do Meio Ambiente, participaram do evento técnicos do Ministério da Agricultura, da Embrapa/Unicamp e da Funai.
Tomaram parte da reunião internacional representantes do Brasil, Bolívia, Peru, Venezuela, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa e Suriname.
Segundo Roberto Vizentin, coordenador de Zoneamento Territorial da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, o Macrozoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia foi apresentado como o caminho mais curto para implementar o processo de desenvolvimento em bases sustentáveis na região.
"Foi discutida a necessidade de um ordenamento integrado entre os países que compõem a região andina e o ZEE apareceu como a alternativa mais viável", disse Vizentin.
O coordenador do MMA justificou a necessidade de um ordenamento integrado como forma de pensar a Amazônia para além das fronteiras. "Ela é uma nova fronteira de recursos naturais, daí sua importância para o equilíbrio ecológico global no fornecimento de serviços ambientais como a biodiversidade, recursos hídricos, regulação de regime de chuvas e sequestro de carbono", explicou o coordenador.
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