Carine Corrêa
Cerca de duas mil pessoas, entre estudantes, ambientalista, voluntários e catadores de lixo, participaram, neste sábado (19/9), no Rio de Janeiro, de um mutirão pelo Dia Mundial da Limpeza (Clean up the World). O evento acontece simultaneamente em mais de 125 países. A sexta edição da campanha de limpeza teve início na praia de Copacabana. As ações se estenderam nas praias de Ipanema, Leblon, São Conrado, Barra da Tijuca e Ilha do Governador.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que participa do evento desde a primeira edição, ressaltou que é importante as pessoas se envolverem nessa ação. "Quem suja a praia fica constrangido ao ver crianças, jovens e adultos limpando o seu lixo". Ele ainda alertou que "os restos de comida e lixo deixados na praia podem causar doenças".
Minc ainda comentou que é preciso aumentar a reciclagem e a coleta seletiva de lixo, que é uma das metas do Plano Nacional sobre Mudança do Clima. O ministro completou que haverá o projeto para pagamento por serviços ambientais urbanos destinados a catadores de lixo, como forma de valorizar esses trabalhadores.
Segundo Hildo Carrapito, coordenador do projeto Limpeza na Praia e membro do Clean up the World no Brasil, o evento também é realizado em outros pontos do país, com a participação de mais de cinco mil pessoas.
A ambientalista Céline Cousteau, neta do pesquisador Jacques Cousteau, e embaixadora do projeto Clean up the World, destacou que "todos têm de fazer a sua parte, não só hoje, mas todos os dias". Para ela, os resultados são mensuráveis e percebidos rapidamente.
O movimento, que teve início na Austrália, simboliza a união global pelo mundo mais limpo. A ação começou a ser desenvolvida no RJ em 2003, com a campanha Limpeza na Praia, em Copacabana e Barra da tijuca, e a revitalização das bacias hidrográficas da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá.
A Clean up the World promove atividades ambientais, consideradas das mais proativas entre especialistas, em âmbito mundial. A ação se tornou permanente na agenda do Pacto de Resgate Ambiental do Rio de Janeiro, do qual participam além do poder público, empresas ambientalmente responsáveis e a sociedade civil organizada.
A ação contou com a participação da secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, e representantes da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro.
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