Carlos Américo
A perda da biodiversidade e a degradação dos ecossistemas têm efeito direto na economia local e global, gerando impacto no modo de vida de cada um. Evidências disso já foram apresentadas pelo estudo Economia de Ecossistemas e Biodiversidades (TEEB, em inglês) e serão temas de palestra e debates que o Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), realiza nesta quinta e sexta-feira (17 e 18/09), em Brasília.
Na quinta-feira (17/9), o coordenador do TEEB e economista do Pnuma, Pavan Sukhdev, vai proferir a palestra Princípios da Economia Verde, às 15h, no auditório da Agência Nacional de Águas. Ele vai abordar os resultados de análises recentes sobre os custos e oportunidades da transição para uma economia de baixo carbono e empregos verdes.
A secretária de Biodiversidade e Florestas, Maria Cecília Wey de Brito, vai participar do evento, junto com representantes de diversos setores do governo e da sociedade civil, para ampliar o debate sobre o tema e fortalecer sua agenda no Brasil.
Na sexta-feira (18/9), será realizado o seminário "A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade", a partir das 9h30, no auditório do Ipea. Sukhdev vai apresentar o TEEB, seguido de debates. A secretaria-executiva do MMA, Izabela Teixeira, estará na abertura do evento. Participarão da discussão o gerente de projeto do Departamento de Economia e Meio Ambiente do MMA, Shigeo Shiki, Peter May da UFRRJ, José Aroudo Mota do IPEA, Donald Sawyer da UnB/CDS e Maria Amélia Enriquez da ECOECO.
As inscrições para o seminário são gratuitas devem ser feitas até quinta-feira (17/9) pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. O evento terá tradução simultânea e será transmitido ao vivo no site www.ipea.gov.br.
Os debates poderão enriquecer a segunda fase do estudo, que será lançado em 2010. O TEEB foi desenvolvido em proposta de representante do grupo G8+5 (grupo dos países mais ricos, mais o Brasil, China, Índia, África do Sul e México) a fim de conhecer a economia da perda da biodiversidade.
Uma das conclusões do TEEB é que investir em medidas para conservar ecossistemas pode não apenas ajudar a combater as mudanças climáticas, mas também seria uma chave para medidas de adaptação e anti-pobreza.
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