Suelene Gusmão
A secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Suzana Kahn, disse ser de fundamental importância a participação de estados e municípios na consolidação do Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), pois segundo ela, o plano está entrando em uma fase que vai exigir extrema capilaridade. "Nossa abordagem agora é sobre o que está sendo feito nos estados para que essas ações de enfrentamento se ajustem ao PNMC".
Suzana Kahn participou nesta quinta-feira (13/8) pela manhã do painel "O Plano Nacional de Mudanças Climáticas e o Papel dos Estados no Enfrentamento ao Aquecimento Global", no I Congresso da Abema, que debate o papel dos estados na política ambiental brasileira. O congresso prossegue até esta sexta-feira (14/8) e contará com a presença do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, em seu encerramento, às 16 horas.
A secretária lembrou aos participantes sobre a importância de o Brasil ter um plano sobre mudanças climáticas, informando que ele é dinâmico e deve ser reavaliado constantemente, para que possa ser implementado em consonância com os desejos e desígnios da sociedade brasileira.
De acordo com ela, o Brasil já convive com aumento real de temperatura e por isso é inevitável a fase de adaptação, para que o país possa atingir as metas previstas no PNMC. Suzana informou que o território brasileiro será extremamente afetado por essa realidade, pois é essencialmente agrícola, possui uma grande área costeira, e muitos recursos hídricos. "O Brasil não pode ser prejudicado em seu desenvolvimento, por isso mesmo temos que encontrar uma solução o mais rápido possível", disse.
Como exemplos de ações dos estados para a redução de emissões e atingimento das metas do PNMC, a secretária listou a Carta dos Ventos, assinada em junho, em Natal (RN), a questão do licenciamento e os fóruns estaduais de mudanças climáticas, que vêm fazendo seus inventários de emissão, considerados um importante instrumento de política ambiental.
Participaram do painel, ainda, o representante do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas e Biodiversidade de São Paulo, Fábio Feldmann, a secretária estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, Marilene dos Santos, o presidente da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Fernando Fernandes Rei, e a secretária estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas, Ana Catarina Lopes.
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