O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse, nesta quinta-feira (16) durante a 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Manaus, que na próxima semana serão anunciados os primeiros projetos que receberão recursos do Fundo Amazônia. Segundo Minc, o financiamento dessas iniciativas vai garantir um investimento de R$ 45 milhões para a Amazônia. Ele também adiantou que os projetos, selecionados pelo comitê gestor do fundo, são do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa) e do Museu Emílio Goeldi.
Essa foi uma das três boas notícias para região que o ministro levou aos participantes do evento. Ele também falou que participará, nesta sexta-feira (17), em Curitiba, do lançamento do Certificado Life, ferramenta para reconhecer, medir e qualificar ações das empresas em prol da conservação da biodiversidade. Segundo Minc, "a certificação é mais importante que a da madeira porque acompanha todo o processo de produção e uso da biodiversidade pelas empresas".
Minc ainda destacou a importância do uso da biodiversidade brasileira em estudos. Ele e o ministro de Ciência e Tecnologia, Sergio Machado Rezende, estão trabalhando para que a pesquisa seja um trabalho de mão dupla entre os dois ministérios.
As parcerias realizadas pelo MMA são fundamentais para que até o final do ano todos os biomas brasileiros sejam monitorados. Segundo Minc, há um ano e meio apenas a Amazônia tinha monitoramento. No ano passado, um acordo foi selado com a Universidade Federal de Goiás para monitorar o desmatamento no Cerrado e auxiliar a elaboração de políticas. Minc disse, ainda, que no meio de 2010, quando acontecerá a primeira revisão do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, todos os biomas terão metas de redução do desmatamento, a exemplo da Amazônia, que até 2017 terá meta de redução em 70%.
O ministro Carlos Minc fez um pequeno balanço do seu primeiro ano à frente do MMA. Ele citou acordos com setores produtivos, como os pactos da soja, da madeira e do minério, além de parcerias com a Fiesp e bancos privados. Minc falou da lei de pagamento por serviços ambientais e do decreto do manejo florestal, que vai permitir o pagamento direto às populações da floresta para que plantem árvores. Essa é uma das destinações para o dinheiro do Fundo Amazônia.
Ele ainda falou do Programa de Manejo Florestal Comunitário e Familiar, que visa o fortalecimento da atividade econômica sustentável em todos os biomas brasileiros. Lembro que é possível ter base econômica de madeira sustentável, disse Minc, que citou a Finlândia como exemplo. Segundo Minc, aquele país tem a mesma área florestal que há cem anos, realiza manejo florestal com o corte seletivo, retirando apenas 2,5% da área por ano, dando tempo para ela se restaurar sem prejuízo ao meio ambiente.
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Primeiros projetos do Fundo Amazônia serão anunciados na próxima semana
O financiamento das iniciativas vai garantir um investimento de R$ 45 milhões para a região.
Suelene Teles
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