O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participa em Ilulissat, na Groenlândia, do Diálogo Ministerial sobre Mudanças Climáticas com ministros e secretários da pasta Meio Ambiente de 34 países. O encontro, que começa nesta terça-feira e segue até sexta-feira (3), busca avançar nos debates sobre as mudanças climáticas, identificar pontos de consenso e esclarecer elementos-chaves necessários para nortear o acordo que deverá substituir o Protocolo de Kyoto. O prazo final para se chegar a esse novo pacto global sobre o clima é na reunião da Conferência das Partes sobre o Clima (COP-15), em dezembro, em Copenhagen.
O Brasil tem pepel fundamental na discussão como ponte entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento. Para a secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, Suzana Kahn, o encontro será de alto nível, com a participação de ministros no debate, sendo guiados em estudos científicos, e não negociadores internacionais. Segundo ela, esta é a oportunidade de os países apresentarem suas propostas e avançar no documento-base já existente, que será usado como base para a elaboração do novo acordo.
Kahn, que também acompanha o encontro na Groenlândia, espera que a reunião garanta a realização de um acordo forte em Copenhagen, com compromissos definidos para todos os países, desenvolvidos e em desenvolvimento. "Assim como o Brasil está fazendo a sua parte, é hora de outros países em desenvolvimento fazer a sua também", ressaltou a secretária, destacando o Plano Nacional sobre Mudança do Clima que estabelece que o país reduzirá em 70% o desmatamento na Amazônia, até 2017.
O Diálogo da Groenlândia é o último de uma série de cinco diálogos lançada na Groenlândia pelo governo dinamarquês em 2005 para os debates ministeriais necessários para o período de negociações de um acordo climático pós-2012. Também aconteceram reuniões na África do Sul, Suécia e Argentina, que serviram para um entendimento comum sobre como elementos-chave devem ser resolvidos na Conferência das Partes.
A reunião ministerial é a oportunidade de se resolver os desafios que a presidência da COP-15 destaca como urgente para o sucesso da reunião em dezembro. Os debates serão em torno de cortes profundos e obrigatórios de emissão, determinação de meios para implementar ações em desenvolvimento para mitigação e adaptação por meio de financiamento, tecnologia e capacitação, ações de mitigação promovidas por países em desenvolvimento e ação para adaptação aos impactos das mudanças climáticas.
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