Lucia Leão
O ministro Carlos Minc colocou hoje seu nome ao lado dos de personalidades tão distintas como o presidente da Costa Rica e Prêmio Nobel da Paz Oscar Arias, a atriz Bo Derik e a apresentadora Eliana, alguns dos mais de um milhão de signatários do manifesto mundial de apoio à Declaração Universal do Bem-Estar Animal. Patrocinado pela WSPA - sigla em inglês da Sociedade Mundial de Proteção Animal, o manifesto corre mundo em busca de apoios para a Declaração ser votada e adotada pela Organização das Nações Unidas.
Antigo aliado da WSPA em campanhas como a que resultou na proibição da "farra do boi", folguedo popular na região Sul do País que submetia os animais a suplícios físicos, Minc disse que não podia se furtar a assinar o documento, seja como cidadão seja como ministro hoje responsável pelo imenso patrimônio da fauna silvestre brasileira que já tem centenas de espécies ameaçadas de extinção. Ele prometeu também ao diretor da WSPA Brasil Antônio Augusto Silva, apresentar o documento ao presidente Lula e convencê-lo das vantagens para o País dele também se tornar um signatário.
"A assinatura do presidente seria uma sinalização forte de que o país está preocupado com o bem-estar dos animais e pode ter repercussões positivas até para a comércio internacional de carnes e derivados de animais", ponderou Minc.
Se a Declaração for adotada pela ONU todos os países membros da Organização devem se comprometer - a despeito das suas diferenças socioeconômicas e culturais - a tratar os animais de forma humanitária e sustentável, adotar medidas para evitar a crueldade e reduzir seu sofrimento tanto nas criações para abate quanto em atividades como transporte, recreação e ou pesquisa científica.
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