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Governo não vai ceder a lobby do setor elétrico

Em encontro no Rio, Minc garantiu que norma que obriga novas usinas térmicas, a carvão e óleo combustível, a arcarem com os custos da mitigação integral de suas emissões não será revogada
Publicado: Quinta, 07 Maio 2009 21:00 Última modificação: Quinta, 07 Maio 2009 21:00

Ao participar do lançamento do segundo volume dos Cadernos de Tecnologia do Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCT), realizado esta tarde no Rio de Janeiro, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, voltou a defender a importância de o Brasil investir em fontes renováveis de energia como a eólica e destacou as parcerias interministeriais como fundamentais para o sucesso de ações governamentais.

"A tecnologia é fundamental para o nosso trabalho, desde o monitoramento do clima e do ambiente, que vem sendo feito como o apoio do INPE, até a criação de alternativas tecnológicas limpas. Sem a tecnologia viabilizando alternativas energéticas, alternativas às cadeias produtivas, nossos esforços são paleativos", destacou o ministro.

No encontro ele  enfatizou também que não vai ceder ao lobby do setor elétrico que se movimenta para revogar regra baixada há três semanas que obriga novas usinas térmicas, a carvão e óleo combustível, a arcarem com os custor da mitigação  integral suas emissões. "Não tem volta", insistiu, "a regra será mantida".

Para ele, o argumento do setor de que a medida eleva os custos e pode inviabilizar o negócio não está correta.  "Eles estão apenas internalizando custos sociais e ambientais que, se não pagarem, serão cobrados da sociedade", defendeu.

As usinas movidas a carvão representam hoje 1,4% da geração de energia elétrica no país, enquanto as usinas a óleo são responsáveis por 4,6% da matriz. Já as usinas a gás produzem quase o dobro das térmicas a carvão e óleo juntas.

A instrução normativa do Ibama é um dos instrumentos do governo para cumprir as metas do Plano Nacional sobre Mudança do Clima. Um dos objetivos do plano é dobrar a área de florestas no país em 2020, de 5,5 milhões de hectares para 11 milhões de hectares. Antes disso, em 2015, o país deverá plantar mais árvores do que corta.

Em relação às usinas térmicas a carvão e óleo, a instrução determina que elas compensem pelo menos um terço das emissões de gases-estufa por meio de programas de reflorestamento, metade disso com espécies nativas. O restante das emissões deverá ser compensado por meio de investimentos em energias renováveis, como a eólica, ou por programas de eficiência energética.

Palestra - Pela manhã o ministro Carlos Minc esteve na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (foto) onde proferiu a palestra: Mudanças Climáticas e seus efeitos sobre o ambiente e a saúde. Promovido pela Sub-Reitoria de Extensão e Cultura, o evento antecipou o debate em torno da pauta da I Conferência Nacional de Saúde Ambiental, agendada para dezembro deste ano, em Brasília.

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