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MMA e Cultura lançam edital para projetos sobre mudança do clima

Publicado: Quinta, 16 Abril 2009 21:00 Última modificação: Quinta, 16 Abril 2009 21:00

Paulenir Constancio e Carlos Américo

Os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Cultura, Juca Ferreira, assinaram, nesta sexta-feira (17), no Espaço Tom Jobim do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o edital de curtas de animação, que selecionará 10 projetos temáticos sobre mudanças climáticas para veiculação em TVs públicas em todo o Brasil e demais emissoras interessadas. Cada ganhador receberá R$ 20 mil  sendo R$ 10 mil para produzir o vídeo, com um minuto de duração. A idéia é ensinar à população o que significa mudança do clima e seus efeitos. A criação dos curtas é uma recomendação da 3ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, realizada em maio de 2008, para que sejam realizados vídeos explicativos que alcancem todos os lares.
O lançamento do concurso aconteceu na abertura do Circuito Tela Verde, festival com 30 vídeos sobre experiências de projetos de educação ambiental no Rio de Janeiro. Para Minc, educação ambiental é a melhor forma de ensinar as pessoas a mudar de atitude e preservar o meio ambiente. "Educação ambiental não é decoreba, é mudança de comportamento", ressaltou.

O ministro Minc aprovou o resultado da primeira edição do circuito e afirmou que no próximo ano o Tela Verde, que também é resultado de parceria com o Ministério da Cultura, será ampliado. "É com muita alegria que celebro essa parceria da cultura e do meio ambiente", salientou. Segundo ele, é importante realizar esse tipo de atividade para a conservação dos parques nacionais. "Preservar não é o não-uso mas o uso correto. É a integração do meio ambiente com a cultura e o ecoturismo".

Minc também destacou a educação ambiental como forma de instruir a sociedade para o consumo sustentável e criticou o parâmetro de desenvolvimento atual, em que prevalece o consumo e o desenvolvimento sem sustentabilidade. "A educação ambiental é fundamental em uma sociedade onde a ganância e a ambição ditam as regras e que tem uma economia que beira sandice".

O ministro da Cultura reiterou o discurso de Minc, afirmando que hoje em dia não se concebe mais o desenvolvimento sem um padrão ambiental. "A questão ambiental é sobretudo uma questão de sensibilidade, visão de mundo e comportamento, e o cinema é um bom canal pra levar isso". Os ministros ressaltaram a necessidade desses eventos como registro documental da memória da questão ambiental. Também participaram do evento o presidente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Listz Vieira, a diretora do Departamento de Educação Ambiental, Lúcia Anello, e o secretário de Audiovisual do Ministério da Cultura, Silvio Pirôpo.

O festival também será realizado em outras 250 estruturas educadoras, como Salas Verdes, Pontos de Cultura, Coletivos de Cultura e Cineclubes, até julho. A idéia é que cada centro organize a sua mostra dos filmes, com os kits distribuídos pelo ministério, e realize debates ao final de cada dia de execução para discutir os problemas ambientais locais e possíveis soluções. O objetivo do circuito é promover a sensibilização e reflexão dos públicos sobre a importância do tema socioambiental e da educação ambiental como instrumento de mobilização e participação social. Os vídeos foram desenvolvidos usando as metodologias de educomunicação.

Os vídeos mostram tanto trabalhos de educação ambiental que deram sucesso quanto rios que estão cada dia mais poluídos. Os curtas foram produzidos nos seguintes municípios: Araruama, Arraial do Cabo, Búzios, Cabo Frio, Macaé, Niterói, Rios das Ostras, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra. São apresentadas opiniões, visões de mundo e modos de vida dos membros das comunidades locais sobre o meio ambiente, os problemas e as responsabilidades ambientais.

Ondas do Ambiente  Ainda nesta sexta-feira (17), o ministro Carlos Minc participou do lançamento da segunda fase do programa Nas Ondas do Ambiente, no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro. A partir de agora o programa terá quatro projetos que vão alcançar desde escolas estaduais até comunidades tradicionais, produzindo e transmitindo conteúdo para rádio sobre comunicação e informação ambiental.

O ministro destacou a importância deste tipo de projeto, que também se baseia nas rádios comunitárias, para a democratização da comunicação no país. Democratizar a comunicação é democratizar o poder para que as pessoas não sejam meramente receptores de imagens e sons do poder, mas também transmissores de idéias e conhecimento. As rádios comunitárias são porta-vozes da liberdade de expressão no país, afirmou Minc.

Minc afirmou que vai lançar em nível federal um projeto com base semelhante às experiências do programa Nas Ondas do Ambiente. O Nas Ondas do Ambiente foi lançado em 2007 quando o ministro era secretário estadual do Ambiente do Rio. O projeto piloto foi o RádioEscola@Com, atingindo 48 escolas e capacitando 360 pessoas para a produção de comunicação e informação ambiental através do rádio. Nesta nova fase, o programa irá atingir 136 unidades escolares, com a previsão de capacitar 1,2 mil pessoas até 2010.

O programa Nas Ondas do Ambiente terá outros três projetos: Animação de Rede, que prevê o acompanhamento das atividades desenvolvidas pelas rádios escolares e comunitárias ligadas ao projeto RáEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.; Nas Ondas da Mata Atlântica, que vai envolver comunidades tradicionais da Costa Verde (quilombolas, caiçaras, indígenas e caipiras) e unidades de conservação da área para facilitar a comunicação e o diálogo por meio de técnicas de radiofusão e de audiovisual; e Rádio Quintal: Comunicação Limpa e Despertar Ecológico, que prevê a produção de programas de rádio sobre questões socioambientais para distribuição em escolas, rádios comunitárias e internet.


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