Conhecimentos acumulados em mais de 50 anos de pesquisa sobre a Antártica, o continente gelado, estarão à disposição de escolas públicas de todo País a partir do segundo semestre deste ano. Este é um dos destinos da publicação Antártica, bem comum da humanidade, lançada nesta quarta-feira, no auditório do Ministério do Meio Ambiente (MMA). O livro, de autoria da coordenadora do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), Tânia Brito, consolida de forma simples e didática as principais informações sobre a Antártica. Também relata os resultados das pesquisas realizadas pelo Proantar.
A Antártica, que é um bem comum dos todos os países do mundo, é considerado pelos cientistas como o termômetro do planeta terra, por sua memória geológica, que guarda as mais preciosas informações sobre o futuro da terra. De acordo com informações contidas na publicação, amostras da atmosfera coletadas no passado em bolhas de ar retidas no gelo antártico, indicaram um aumento de30% na concentração de dióxido de carbono e de 100% na de metano, desde o início da revolução industrial. Não por acaso foi lá que se registrou o primeiro buraco de ozônio.
A publicação traz ainda dados sobre números colossais sobre uma faixa de terra de 14 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente a cerca de 16 vezes o tamanho do Brasil, praticamente coberto por gelo e onde o sol nunca se põe. Neste ambiente inóspito a temperatura já chegou a -89 graus centígrados com ventos de até 375 quilômetros por hora.
Neste mundo, o homem só pisa com a permissão da natureza, em períodos específicos do ano. Há 25 anos, o Brasil participa de pesquisas naquele continente, na Estação Antártica Brasileira Comandante Ferraz da Ilha Rei George, localizada numa das pontas do continente. Aos futuros visitantes, a publicação disponibiliza um guia prático de conduta com dicas sobre planejamento, segurança, formas de deslocamento e cuidados com o ecossistema local, que deve ser mantido intocado.
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