Minc explicou que a primeira versão do Plano, editado em dezembro do ano passado, só fixa metas de redução de desmatamento para a Amazônia porque o país não dispunha de informações, em séries históricas, sobre a devastação dos outros biomas - Caatinga, Cerrado, Pampa e Mata Atlântica. Com o monitoramento que passa a ser feito pelo MMA, novas metas para redução de desmatamento também nesses biomas poderão ser incluídas já na primeira revisão do documento, em 2010.
O Seminário De Poznan a Copenhagen acontece no navio Artic Survive, da ONG ambientalista, que está ancorado no Pier Mauá, no Porto do Rio de Janeiro, em escala da expedição ambiental batizada de "Salvar o Planeta. É Agora ou Agora". O objetivo, segundo o Green Peace, é angariar apoios para que a próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontecerá em dezembro na Dinamarca, chegue a uma proposta mais avançada. Entre outras autoridades presentes na solenidade de abertura estavam a secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério Suzana Khan, o secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas Luiz Pinguelli Rosa e coordenador da Campanha Amazônia do Green Peace Paulo Adario.
Na sua exposição, Minc falou sobre as principais iniciativas que estão sendo tomadas pelo MMA para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e mitigar os efeitos do aquecimento global, com ênfase à redução do desmatamento.
Entre as principais preocupações do Ministério, Minc destacou a geração de energia limpa, que supra as necessidades de desenvolvimento do País com o menor impacto possível sobre o meio ambiente. Ele citou como exemplo a "Carta dos Ventos", documento que resultou da articulação do MMA com dezoito estados da Federação e está sendo finalizado para apresentação à sociedade. Ele contemplará uma série de propostas e iniciativas para aumentar a geração de energia eólica, como a redução de impostos e a diminuição do índice de nacionalização exigido na produção dos equipamentos.
Minc também aproveitou a oportunidade para defender o licenciamento de novas usinas hidrelétricas, especialmente as de alto potencial de geração de energia com baixa necessidade de inundação para a formação de lagos. O ministro criticou a ação de entidades ambientalistas - que taxou de "ecodemagogas" - que são contra qualquer tipo de hidrelétrica sem considerar que, mesmo que o país invista pesadamente em fontes alternativas de energia - como a eólica e a solar - não há como reduzir a produção das poluentes usinas termelétricas que utilizam óleo diesel ou carvão, sem manter os investimentos na sua matriz de energia renovável baseada nas hidrelétricas.
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