Carlos Américo
O Ministério do Meio Ambiente vai incentivar os estados a ampliar a geração de energia eólica como fonte sustentável de eletricidade, com baixo impacto ambiental, para ajudar a combater os efeitos das mudanças climáticas. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participou nesta terça-feira (17), em Brasília, do Fórum de Secretários de Estados para Assuntos de Energia onde foram debatidas medidas necessárias para incentivar a participação dessa modalidade na matriz energética do País. Representantes dos estados do Rio Grande do Norte e do Espírito Santo apresentaram projetos que vêm dando certo na área, alguns já em estado avançado de implementação.
Minc propôs aos participantes do Fórum a realização de um ato público para apresentar à sociedade o potencial eólico do País. O ministro quer ampliar o debate com a participação de ministérios, universidades, secretarias estaduais e sociedade civil. "A fruta está madura para
mostrar para a sociedade", disse o ministro.
Segundo ele, o avanço da energia eólica no Brasil é a oportunidade de promover o desenvolvimento regional de maneira sustentável, proporcionando emprego e renda. Minc propôs que o ato público resulte na "Carta dos Ventos", com recomendações ao governo. A reunião de ontem foi proposta pelos secretários para conversar com o ministro sobre a viabilidade dos empreendimentos energéticos e a legislação ambiental.
A oferta de eletricidade por fonte eólica no Brasil representa apenas 0,23% do mercado total, segundo o Operador Nacional do Sistema. Mas o Brasil tem potencial para expandir a oferta, já que o Nordeste é considerado uma das regiões mais bem servidas de ventos. A energia eólica utiliza o vento para mover aerogeradores que têm forma de catavento.
Além da energia eólica, o Ministério do Meio Ambiente vai propor à Casa Civil a utilização de energia solar nas casas populares construídas pelo PAC da Habitação. Ele destacou a importância de um programa de incentivo à geração de energia solar e eólica como formas de auxiliar o País na implementação do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, já que as duas têm baixo impacto ambiental.
Para o diretor do Fórum e secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro, Julio Bueno, que participou dos debates, a participação do MMA na reunião representa a necessidade de aliar a área ambiental com a energética.
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