Paulenir Constancio
O Ministério do Meio Ambiente vai distribuir nesta quinta-feira 78 coletores de energia solar a agricultores familiares de seis associações no município de Gravatá, em Pernambuco. Até abril serão beneficiadas 58 associações dos municípios de Olambra, Atibaia, Via Dutra e Ibiuna, em São Paulo. Para combater pragas do solo no cultivo de flores, eles ainda utilizavam o brometo de metila, componente químico capaz de reduzir a camada de ozônio.
Além de entregar o equipamento, que faz parte do programa de eliminação do brometo de metila, previsto pela Convenção de Montreal, técnicos do ministério vão treinar os agricultores no uso dos coletores. O sistema foi desenvolvido pela pesquisadora Raquel Ghini, da Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna, São Paulo. O projeto prevê a distribuição de 823 unidades para concluir a erradicação do uso do composto químico, que ficará restrito às medidas quarentenária e de pré-embarque para alguns produtos destinados ao mercado externo.
Os coletores solares são utilizados pelos agricultores para aquecer o solo e o substrato e assim eliminar as pragas que destroem a cultura. O brometo de metila, tradicionalmente utilizado, além de produzir danos à camada de ôzonio prejudicava também a saúde dos agricultores. Com a eliminação, o Brasil que desde 2007 não importa mais o produto com fins agrícolas, se antecipa à convenção, que prevê prazo para o banimento da substância para 2015.
O Programa Nacional de Eliminação do Brometo de Metila começou em 2006. Inicialmente foram distribuídas 28 caldeiras, beneficiando 200 agricultores de cooperativas de produtores de flores em São Paulo e Pernambuco.
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