Daniela Mendes
O diretor do Departamento de Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Paulo Guilherme Cabral, disse nesta terça-feira durante seminário da Operação Arco Verde em Cuiabá, que o grande desafio para a realização da operação é a transferência de tecnologia para os municípios, o que garantirá que daqui a quatro anos sejam colhidos os resultados esperados.
Ele destacou a importância do planejamento e do desenvolvimento das atividades econômicas nos territórios de forma integrada. "Nosso ponto de chegada é a ocupação racional do território e o uso sustentável dos recursos naturais", salientou. Para isso, segundo explica, é preciso planejamento estratégico descentralizado e participativo envolvendo os agentes da sociedade e gestão ambiental, de forma a assegurar condições racionais para uso econômico de recursos naturais.
Paulo Guilherme apresentou aos prefeitos a Agenda 21, o projeto Gestar e o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE). Segundo ele, esses são três principais instrumentos que o Ministério do Meio Ambiente utilizará para implementar a Operação Arco Verde.
Caberá à Agenda 21 mobilizar a sociedade e construir um pacto para gestão dos territórios, levantar os problemas a serem resolvidos e as soluções. O MMA também apóia os estados na realização do zoneamento ecológico-econômico, instrumento que orienta a ocupação do solo e o desenvolvimento de atividades produtivas. Já o Gestar busca o desenvolvimento rural, disseminando e coordenando atividades de gestão ambiental. Também foram apresentados aos prefeitos o Serviço Florestal Brasileiro e o Fundo Amazônia.
O governador Blairo Maggi afirmou durante o encontro que quer o Mato Grosso como modelo de preservação ambiental do País. Segundo ele, seu estado precisa trabalhar dentro da legalidade. "Não tem mais espaço para o jeitinho, nós queremos resolver o problema e melhorar a vida das pessoas", disse. Dos 36 municípios campeões do desmatamento 19 pertencem ao Mato Grosso.
A rodada de reuniões da Operação Arco Verde continua na quinta e sexta em Manaus e em Porto Velho na segunda e terça da semana que vem. O estado do Amazonas possui apenas o município de Lábrea na lista. Em abril, será a vez de reunir os estados e em seguida os municípios para discutir de forma mais específica os problemas de cada região.
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