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Ministro do Meio Ambiente derruba barracos na Floresta da Tijuca

Operação realizada de forma pacífica simboliza parceria com o governo municipal do Rio para incentivar o ecoturismo e reforçar a preservação da Floresta da Tijuca
Publicado: Sexta, 06 Março 2009 21:00 Última modificação: Sexta, 06 Março 2009 21:00

Com as participações do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, foi promovida hoje  (7/3) operação de demolição de construções irregulares onde viviam 21 famílias dentro do Parque Nacional da Tijuca, junto a prédio abandonado do antigo Restaurante Silvestre, fechado há 20 anos.

Para simbolizar o início de parceria com o governo municipal para não só administrar o parque - onde fica o Corcovado -, mas para contribuir para incentivar o ecoturismo e reforçar a preservação da Floresta da Tijuca, evitando-se sua favelização, Minc, Paes e os secretários municipais de Meio Ambiente e Habitação, Carlos Alberto Muniz e Jorge Bittar, plantaram mudas de espécies de Mata Atlântica, como ipê e pau-ferro, em clareira aberta na floresta pelos invasores.

O processo de demolição dos casebres - realizado com tratores e com equipes da Defesa Civil e da Comlurb, entre outras - foi planejado após blitz ecológica promovida na região, há cerca de um ano, com a participação de Minc, então secretário estadual do Ambiente, e do chefe do Parque Nacional da Tijuca, Ricardo Calmon.

De lá para cá, iniciou-se processo de negociação para a retirada das famílias invasoras. À época da blitz, foi constatado o estado de degradação social em que viviam as famílias, que, sem condições sanitárias, chegavam a fazer suas necessidades fisiológicas em sacos plásticos, jogando-os depois em áreas da floresta.

"Estamos impedindo a favelização de uma importante unidade de conservação. Era inadmissível haver um cortiço em plena Floresta da Tijuca", afirmou Minc. Numa parceria inédita em prol do meio ambiente, os governos federal, estadual e de municípios como o Rio estão intensificando ações como essa de recuperação de áreas de conservação, buscando alternativas de habitações populares.

Para que as famílias invasoras aceitassem sair dos casebres na Floresta da Tijuca de forma pacífica, o secretário Bittar negociou a concessão de um - aluguel social - , com cada uma recebendo R$ 250 por mês para morar provisoriamente em outro local, enquanto a prefeitura constrói casas alternativas para sua moradia.

A moradora Maria da Conceição disse que preferia continuar no local, mas reconheceu estar satisfeita com a casa que alugou no morro dos Prazeres, na região central, não muito longe dali, com "sala, cozinha e banheiro".

"Estamos mostrando que sem truculência e com diálogo podemos recuperar as áreas degradadas da cidade e do Estado do Rio de Janeiro", disse o ministro do Meio Ambiente.

No caso da política de preservação e de melhor uso do Parque Nacional da Tijuca, até o final de março deverá ser assinado convênio de cogestão do governo federal com a prefeitura, para reforçar a administração dessa importante unidade de conservação da União.

Em apoio às visitações e ao ecoturismo, planeja-se a reforma do antigo Restaurante Silvestre, que se tornaria um restaurante panorâmico para servir de parada para turistas que estivessem visitando, de trenzinho, o Corcovado. Uma antiga estação de parada do trenzinho, a poucos metros do prédio, seria reativada, servindo inclusive de conexão para quem quisesse seguir de bondinho até o Bairro de Santa Teresa, na região central da cidade.

Um pouco mais acima do prédio do restaurante, no início da Estrada das Paineiras, serão reaproveitadas as instalações do antigo Hotel das Paineiras, que já serviu, entre outros usos, ainda nos anos 60 do século 20, como concentração da seleção brasileira de futebol.

Em breve, segundo Minc, o IAB (Instituto dos Arquitetos do Brasil) promoverá concurso para a escolha de projeto de reforma e revitalização do prédio do hotel, para a instalação de restaurante panorâmico e centro de pesquisas botânicas e de educação ambiental, entre outros usos.

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