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Desmatamento na Amazônia tem maior queda dos últimos anos

Dados do Inpe revelam que a degradação e o corte da floresta caíram 70 por cento nos meses de novembro, dezembro de 2008 e janeiro de 2009
Publicado: Segunda, 02 Março 2009 21:00 Última modificação: Segunda, 02 Março 2009 21:00
Paulenir Constancio

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, atribuiu a queda de 70 por cento no desmatamento na Amazônia Legal nos últimos três meses, divulgada nesta terça-feira (3) pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), à atuação conjunta dos órgãos ambientais e da Polícia Federal na região. No mesmo período, em 2007 e 2008, os satélites detectaram um total de 2.527 quilômetros quadrados de degradação e corte raso da floresta, contra apenas 754,3 quilômetros quadrados encontrados nos meses de novembro, dezembro de 2008 e janeiro de 2009. A redução no nível de desmatamento é uma das maiores já registradas.

A retração da atividade madeireira na região foi descartada pelo ministro como uma das possíveis causas da queda. Para ele, os efeitos da crise mundial só devem atingir a Amazônia entre os meses de abril e maio. A avaliação de Minc é reforçada pelos dados apurados pelo Inpe, que consolidam o Maranhão como um estado onde o desmatamento vem apresentando números alarmantes para a região.

À medida que a repressão cresce nos demais estados, os desmatadores são levados a buscar outros lugares para sua ação criminosa, lembrou. Por isso, a atuação dos órgãos ambientais no centro-oeste do estado do Maranhão, na região de Imperatriz, tende a ser intensificada, promete o ministro.

"Estamos agindo não só com fiscalização e controle, mas com planos de manejo, acordo com os exportadores e pacto com o setor produtivo da carne, para uma moratória", disse Minc. Ele lembrou, ainda, que a proibição do Banco Central para que as instituições bancárias oficiais não financiem o desmatamento está mostrando seus efeitos nesta pesquisa. Ele anunciou estar próximo de uma acordo com a Febraban, federação que reúne os bancos privados, para que eles também passem a vetar empréstimos que financiem a degradação da floresta.

O levantamento do Inpe traz o Pará no topo da lista dos estados com maior nível de desmatamento. Dados cruzados de satélites do Brasil, Japão e Estados Unidos, utilizados pelo Inpe, identificaram a derrubada de 318,7 quilômetros quadrados, o que corresponde a algo em torno de 40 por cento da área degradada no período do estudo.

O Mato Grosso, segundo colocado, foi o responsável pelo acréscimo de 272,3 Km2 na área degradada da Amazônia. Entrou, ainda, em operação, um novo satélite, cujo sensor detecta o desmatamento mesmo com o tempo fechado, o CBRS-2B, brasileiro, e o Terra, da Nasa, dependem das condições meteorológicas para produzir suas imagens.

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