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Combate às mudanças climáticas depende de consenso no G-20

Publicado: Quinta, 11 Dezembro 2008 22:00 Última modificação: Quinta, 11 Dezembro 2008 22:00

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse nesta sexta-feira (12) que é necessário que os países desenvolvidos cheguem a um acordo com os países em desenvolvimento para definir os mecanismos de financiamento internacional de combate ao efeito estufa. Ele falou em sessão promovida pelo Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, durante a 14ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em Poznan (Polônia). "Queremos que o G-20, em sua próxima reunião, avance nesses mecanismos de financiamento", salientou.

Minc lembrou que o Brasil marcou importante posição na Conferência da Polônia ao mostrar ao mundo que agora tem um plano sobre mudanças climáticas com metas concretas, como a redução do desmatamento na Amazônia em 70% em 2018 e a criação do Fundo Amazônia para reunir recursos destinados à preservação das florestas. "Esse é o fato: o governo brasileiro mudou de posição, incorporando metas no seu Plano Nacional Sobre Mudança do Clima. Agora o passo seguinte é como transformar essa decisão interna numa alteração de postura externa, fazendo com que os países desenvolvidos avancem com propostas mais radicais de redução de suas emissões".

Um dos grandes ganhos do dia para o Brasil na Conferência de Poznan foi o discurso do ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore. Ele elogiou o fato de o Brasil ter se comprometido com metas de redução do desmatamento. Ao lado do secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luiz Pinguelli Rosa, o ministro do Meio Ambiente elogiou o trabalho da entidade (que reúne governos federal e estaduais, ONGs e universidades) que "com suas críticas construtivas" ajudou o governo brasileiro a avançar, adotando metas em seu Plano Nacional de Mudança do Clima.

Agora, enfatizou Minc, é preciso avançar com o aperfeiçoamento do Plano, adotando-se, por exemplo, metas de redução de desmatamento em outros biomas, como o Cerrado, a Caatinga e a Mata Atlântica, o que deverá ocorrer no início de 2010.

O ministro esclareceu que ainda não foram adotadas metas de redução de desmatamento de outros biomas, com exceção da Amazônia, por não existir um monitoramento continuado da situação dessas vegetações. Ou seja, sem séries históricas de desmatamento foi impossível até agora adotar metas de redução. O monitoramento desses biomas, que começou pelo Cerrado, tornará possível em breve estabelecer metas específicas.

O ministro disse também que o governo está empenhado em fazer um novo inventário das emissões dos gases de efeito estufa para obter uma nova base de comparação, já que o atual estudo é de 1994. Com seu aperfeiçoamento progressivo, o Plano Nacional sobre Mudança do Clima incorporará outros setores de atividades econômicas e uma avaliação do seu desempenho na redução das emissões que provocam o aumento do aquecimento global.



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