O presidente Lula se reunirá com os prefeitos dos 36 municípios da Amazônia Legal que mais desmatam para comprometê-los diretamente com a preservação da floresta. A reunião, segundo informou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, será em março de 2009. "O governo vai fornecer meios para o monitoramento, zoneamento, manejo florestal e vai cobrar das prefeituras medidas de combate ao desmatamento envolvendo a população tanto na denúncia quanto na construção de alternativas sustentáveis", adiantou.
Ele disse que está em negociação com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, um acordo para que a variável climática seja incluída na organização dos mecanismos econômicos e financeiros do estado. "O tema deve estar dentro da programação da economia e não como um fator externo, exógeno e posterior", defendeu o ministro..
Para Minc, não tem sentido o presidente Lula assinar o Plano sobre Mudança do Clima e depois, no dia-a-dia da economia, esse plano não implicar em mudanças em cada uma das áreas. "Cada política do governo, setor por setor, agricultura, indústria, energia, transportes têm que ir incorporando essas diretrizes do plano", disse.
O ministro afirmou que alguns segmentos, como a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e o setor siderúrgico de Minas Gerais têm interesse em se comprometer com metas de redução de emissões. "Esses exemplos nos fazem otimistas de que outros setores industriais possam aderir a metas de redução das emissões, de eficiência energética", disse.
Segundo ele, outro setor essencial nesse pacto é o agronegócio. "Já estamos acordados com vários setores. A meta é recuperar áreas degradadas, aumentar a produção e a produtividade em áreas afetadas para podermos alcançar a meta do desmatamento ilegal zero", afirmou.
A melhor forma de garantir que a produção não vai invadir áreas produtivas dos biomas é recuperar pastagens e terras degradadas, aumentando a produção e a produtividade nas áreas que já foram desmatadas e poupando áreas ainda preservadas, evitando que florestas nativas sejam agredidas pelo avanço da fronteira agrícola, disse Minc.
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