Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > InforMMA > Cana-de-açúcar não poderá ser plantada na Amazônia
Início do conteúdo da página

Notícias

Cana-de-açúcar não poderá ser plantada na Amazônia

Decisão foi acertada entre os ministros Carlos Minc e Reinhold Stephanes, da Agricultura, em reunião nesta segunda-feira. Eles discutiram o zoneamento agroecológico para produção de etanol.
Publicado: Domingo, 03 Agosto 2008 21:00 Última modificação: Domingo, 03 Agosto 2008 21:00

Gisele Teixeira

Nenhum novo projeto de plantio ou instalação de usina de cana-de-açúcar no Bioma Amazônia será autorizado pelo governo daqui para frente. Este é um dos principais resultados da reunião entre os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Agricultura, Reinhold Stephanes, realizada nesta segunda-feira (4), no Ministério do Meio Ambiente.

Eles discutiram o zoneamento agroecológico da expansão da cana-de-açúcar para produção de etanol. O Bioma Pantanal foi excluído parcialmente. A decisão final depende agora do Palácio do Planalto.

De acordo com Minc, o levantamento que está sendo executado pela Embrapa, em parceria com instituições do Consórcio ZEE-Brasil como o IBGE e o Inpe, retira as áreas sem aptidão de solo, clima e declividade de 12%, e ainda as com vegetação nativa. No caso do Bioma Amazônia, exclui a possibilidade de qualquer novo projeto, mas mantém as usinas já licenciadas, em número de três.

No caso do Pantanal, o zoneamento exclui totalmente a planície pantaneira, porém mantém o cultivo no planalto, onde já existem áreas consolidadas de produção há mais de dez anos. Nesse caso, a determinação é que migrem para o sistema de plantio direto, menos agressivo ao solo. "Ao preservar a Amazônia e o Pantanal, neste último caso não quebrando a produção já existente, me parece que o acordo é bom para todo mundo", disse Minc. "É o mesmo para a Amazônia, matendo as quatro usinas já existentes e não permitindo nenhuma outra."

No planalto pantaneiro apenas será permitido o plantio direto, sem uso de máquinas ou agrotóxicos. Na planície, será proibido qualquer tipo de plantio de cana-de-açúcar. A intenção é diminuir erosões e o assoreamento dos rios.

De acordo com o zoneamento, há áreas mais que suficientes para expansão da produção em outros biomas sem que seja necessário derrubar nenhuma árvore. É estimada em 30 milhões de hectares a área que poderá ser destinada para o plantio da cana exclusivamente para produção de etanol.

Para dobrar a produção atual de etanol, que hoje é de 20 bilhões de litros/ano, são necessários 7 milhões de hectares, o que garante uma margem confortável para o aumento da produção.


Fim do conteúdo da página