O deságio previsto atraiu interessados. Três compradores visitaram o local, no fim de semana. "A decisão do juiz, entretanto, retraiu os interessados", informou o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flavio Montiel.
Na decisão, o desembargador federal Olinto Herculano de Menezes determinou: "não seja aceito, no leilão de 28 de julho, nenhum lanço inferior ao preço de mercado, como tal entendido o valor mínimo de R$ 3.151.530,35, cotado para o leilão não exitoso do dia 21/07/2008".
Segundo avaliações do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama, o juiz foi induzido a erro porque o preço de mercado baixou na região em função dos cerca de 10 mil bois postos à venda por pecuaristas, após as ações de repressão ao boi pirata criado ilegalmente na Estação Ecológica da Terra do Meio.
Em uma reunião entre técnicos dos ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Conab e Ibama, na tarde desta segunda-feira, ficou definido que a Procuradoria-Geral do Ibama vai recorrer da decisão do juiz e a Conab realizará um novo leilão no dia 5 de agosto.
Para o leilão desta segunda-feira havia sido inicialmente previsto o valor de R$ 1.445.153,40, uma redução de 60% em relação ao preço anteriormente estipulado como lance mínimo. A redução considerou a queda do preço do boi na região de São Félix do Xingu, os custos para manutenção e retirada do rebanho da unidade de conservação, ajustando o valor à realidade do mercado.
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