A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizará no dia 28 de julho novo leilão para vender o gado apreendido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em área de preservação da Amazônia. Será a terceira tentativa de comercializar 3.046 bovinos, cotados a R$ 3,151 milhões no leilão realizado hoje.
Na avaliação do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama, três fatores contribuíram para a não comercialização do gado: o preço, o custo do transporte do rebanho devido à localização e o anúncio, feito por políticos da região, de que a retirada do gado não seria pacífica. "Toda a segurança necessária à retirada dos animais será dada ao ganhador do leilão", afirma o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel. O gado continua sob a guarda do governo federal e se encontra em boas condições de saúde, inclusive com a vacinação em dia.
O boi levado a leilão foi apreendido durante a Operação Boi Pirata. Essa operação vem forçando pecuaristas a retirarem mais de 10 mil cabeças de gado da Estação Ecológica da Terra do Meio, no município de Altamira (PA), por receio de também serem punidos pela criação ilegal de gado na unidade de conservação. Esse movimento causou aumento da oferta e conseqüente queda do preço do gado na região.
O Ministério do Meio Ambiente e Ibama reavaliarão o preço, considerando as circunstâncias de venda e o valor praticado na região. O novo preço será anunciado nesta quinta-feira e deverá cair substancialmente.
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