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Desertificação será tema de encontro latino-americano em Salvador

Publicado: Domingo, 22 Junho 2008 21:00 Última modificação: Domingo, 22 Junho 2008 21:00

Daniela Mendes

Pesquisadores de 23 países latino-americanos e do Caribe se reunirão em Salvador, de 7 a 9 de julho, para apresentar e discutir tecnologias de combate à desertificação. O encontro é organizado pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com o governo do estado da Bahia, da Universidade Federal da Bahia e da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD).

A proposta da primeira Iniciativa Latino-Americana de Ciência e Tecnologia de Combate à Desertificação, além de mobilizar e articular a comunidade científica latino-americana, é conhecer as pesquisas geradas, as tecnologias e experiências que estão sendo usadas para melhorar a formulação e implementação de estratégias e políticas públicas de combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca nesses países.

O reconhecimento da emergência do tema em escala mundial levou a comunidade internacional a negociar um instrumento jurídico que é a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), homologada há 12 anos.

Dentre as causas disparadoras de processos de desertificação estão o extrativismo vegetal e mineral, o desmatamento desordenado, as queimadas, o sobrepastoreio, o uso intensivo e extensivo do solo para a agricultura, sem adoção de boas práticas de manejo do solo, e a salinização pela expansão de áreas irrigadas, tecnicamente mal-manejadas.

A desertificação atinge 33% da superfície do planeta e cerca de 22% da produção mundial de alimentos são oriundos de áreas suscetíveis. Estima-se que as perdas econômicas em decorrência desse processo podem chegar a R$ 5,6 bilhões por ano no Brasil.

O fenômeno afeta negativamente os recursos naturais limitados de solo, água e vegetação, e um contingente de pessoas em condições de alta vulnerabilidade socioeconômica. As áreas atingidas abrigam mais de 2,6 bilhões de pessoas, 42% da população mundial.

A conjunção desses fatores leva as populações a um estado de extrema pobreza, fazendo com que se estabeleça a migração intensa na busca de condições mais favoráveis de sobrevivência. Essas pessoas são chamadas de "refugiados ambientais".


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