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Rede brasileira de monitoramento do mar é ampliada

Publicado: Quinta, 19 Junho 2008 21:00 Última modificação: Quinta, 19 Junho 2008 21:00

Grace Perpetuo

Realizada entre 26 e 28 de maio, em Niterói (RJ), com a participação do Ministério do Meio Ambiente, a quarta reunião da Aliança Regional em Oceanografia para o Atlântico Sudoeste Superior e Tropical (Oceatlan) deu início a uma significativa expansão na atual rede brasileira de monitoramento oceanográfico - feita por marégrafos e por bóias fixas e de deriva. A presença do MMA na reunião se deu por meio da Gerência de Qualidade Costeira e do Ar (GQCA) da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério.

Sob a supervisão de técnicos especializados, diversos navios da Marinha já estão lançando as bóias ao longo da costa do País. A rede brasileira de bóias fixas - que medem ondas, direção de correntes e temperaturas da superfície e da sub-superfície marítimas  passará a contar, a partir de agora, com instrumentos instalados na quebra da Plataforma Continental, em frente à foz do Rio Amazonas, a Recife (PE), ao Parque Nacional Marinho de Abrolhos (BA), a Cabo Frio (RJ), a Santos (SP), a Florianópolis (SC) e a Rio Grande (RS).

Mas é com relação às bóias de deriva que essa expansão na rede brasileira de monitoramento oceanográfico revela suas dimensões: o conjunto de bóias monitoradas pelo Brasil salta dos primeiros seis (em 2003) para atuais 80. Munidas de GPS, as bóias de deriva são utilizadas em todo o mundo para, a partir de suas trajetórias, traçar perfis de correntes e medir temperaturas ao longo de seus percursos inesperados. As bóias são doadas pela agência norte-americana National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), que torna disponíveis os dados coletados tanto pelos EUA quanto por todos os países participantes do processo.

Os novos marégrafos, por sua vez - instrumentos fixos instalados em praias, em estruturas como piers e marinas, etc - funcionarão em Salvador (BA) e em Fernando de Noronha (PE), por exemplo.

Por meio das bóias fixas e de deriva e dos marégrafos, a rede de observação oceanográfica tem, entre inúmeras funções, as de monitorar e avaliar o clima, a erosão costeira, as correntes e ondas do mar e o advento de eventuais eventos extremos - como o até então inédito Catarina, furacão que atingiu o sul do País em 2004. O monitoramento pode ocorrer a longo, médio e curto prazos.

Aliança - "Além desses avanços, a reunião da Oceatlan marcou também o compromisso dos três países dessa aliança regional - Brasil, Argentina e Uruguai - de trabalharem esse monitoramento de forma cada vez mais integrada", diz João Luiz Nicolodi, técnico ambiental do GQCA que representa o MMA no Comitê-Executivo do programa GOOS-Brasil, responsável pelo sistema de observação dos oceanos para a coleta, controle de qualidade e distribuição de dados oceanográficos.

É o GOOS-Brasil (componente brasileiro da GOOS, ou Global Ocean Observing System, da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) que desenvolve atividades de monitoramento oceanográfico e climatológico no Atlântico Sul e tropical a fim de implementar, sistematizar e tornar operacionais a coleta, a análise, a geração e a disseminação de produtos que auxiliam na previsão do clima.

"A reunião serviu também para ampliar o conhecimento da dinâmica do Atlântico sul por meio das experiências das três equipes", acrescenta João. E conclui: "O MMA é um dos principais interessados nos resultados a serem obtidos por essa rede ampliada de monitoramento, uma vez que o ministério é o responsável pela questão de adaptação às mudanças climáticas".

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