Gisele Teixeira e Daniela Mendes
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou hoje (10) da plenária final da III Conferência Nacional do Meio Ambiente, em Brasília. Ela destacou que a escolha do tema dessa edição, as Mudanças Climáticas, por si só já foi altamente desafiador. Mas que o mais importante desse processo é que o Brasil será o único país do mundo a ter a sua Política e seu Plano Nacional de Mudanças do Clima como resultado de uma discussão que envolveu mais de 100 mil pessoas e que foi debatido, com refinamento, por cerca de 1200 delegados. "Além disso, tem o apoio da academia, dos governadores, dos prefeitos, do Congresso Nacional e ainda do Fórum Nacional de Mudanças Climáticas. Não é um processo simples", disse.
A III CNMA recebeu 5.132 propostas oriundas de todo o Brasil, resultado de 751 conferências municipais e estaduais. Essas propostas foram debatidas em 16 grupos de trabalho, por temas, e sistematizadas em cerca de 650 propostas que serão votadas até o final do sábado. A ministra lembrou que as resoluções da primeira e da segunda conferências foram ou ainda estão sendo implementadas pelo ministério e atingiram um grau de efetivação de 70% e 85%, respectivamente. "Desta vez não será diferente", afirmou.
Marina agradeceu o apoio dos delegados e da sociedade na implementação das ações da área ambiental no Brasil. "Obrigado pela sustentabilidade política que vocês têm dado à Conferência Nacional do Meio Ambiente, ao Ministério do Meio Ambiente e ao presidente Lula", disse. A ministra destacou que a sociedade tem dado um sinal muito claro de que a equação a ser resolvida neste século é como viabilizar o desenvolvimento com a preservação e a preservação com o desenvolvimento. "Por isso não podemos retroceder daqui para frente em nenhum centímetro", acrescentou.
A ministra lembrou que nos últimos cinco anos o governo federal implementou políticas que pareciam impossíveis, como o licenciamento ambiental e o combate ao desmatamento. "Mas tudo o que está sendo feito hoje só é possível porque existe uma forte sustentabilidade social. Ninguém consegue fazer isso sem o apoio da sociedade, seria uma ilusão", afirmou Marina. Para a ministra, os avanços na área ambiental são um processo social. "É um processo civilizatório", completou.
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