Maior fortalecimento político da temática da desertificação. Essa é uma das propostas do I Seminário Nacional de Combate à Desertificação que terminou, nesta terça-feira (6), em Brasília, e contou com a participação de cerca de 250 representantes dos governos federal, estaduais e municipais, da sociedade civil, da academia e de organismos internacionais que atuam diretamente em projetos e ações voltadas para o semi-árido brasileiro.
As propostas apresentadas no encontro serão encaminhadas para a Comissão de Combate à Desertificação, que está sendo criada pelo governo. De acordo com o coordenador-técnico do Programa de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente, José Roberto Lima, a idéia é considerada um dos pontos positivos do seminário, que teve, ainda, a oportunidade de qualificar os delegados para a III Conferência Nacional do Meio Ambiente, que começa nesta quarta-feira (7), em Brasília, cujo tema a ser discutido será as mudanças climáticas.
O secretário de Combate à Desertificação, Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Egon Krackecke, avaliou muito positivamente o primeiro seminário nacional e elogiou o alto nível técnico dos debates ao longo dos dois dias de encontro. "O nível das discussões foi muito bom com sugestões que vão contribuir para as ações do ministério e, também, dos órgãos que têm relação com o desenvolvimento sustentável do semi-árido", afirmou. O relatório final do encontro será encaminhado a todos os órgãos do governo que lidam com esse tema, disse.
Segundo Krackecke, como uma primeira experiência, o seminário cumpriu o seu propósito, que era trazer essa discussão para um nível nacional. Ele adiantou que o próximo seminário deverá ter a participação de outros ministérios e a apresentação de projetos bem-sucedidos desenvolvidos em todo o semi-árido. O decreto que cria a Comissão de Combate à Desertificação está em fase final de discussão na Casa Civil e deverá ser concluído ainda no primeiro semestre deste ano, informou o secretário.
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