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Secretário-executivo destaca importância da Caatinga para biodiversidade

Capobianco abriu 51ª reunião extraordinária do Conama, que discute o tema Caatinga, em Fortaleza. O encontro ocorre até esta sexta-feira (25).
Publicado: Quarta, 23 Abril 2008 21:00 Última modificação: Quarta, 23 Abril 2008 21:00
Daniela Mendes

O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, falou nesta quinta-feira (24), em Fortaleza (CE), sobre a importância de se preservar a Caatinga, destacando sua diversidade biológica e cultural e os aspectos humanos e sociais que o bioma representa. Capobianco representou a ministra Marina Silva na abertura da 51ª reunião extraordinária do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que ocorre na capital cearense até esta sexta-feira (25). O encontro, que discute o tema Caatinga, homenageia o bioma pelo seu dia: 28 de abril.

Para o secretário, a inclusão do tema associado às mudanças climáticas na pauta de discussão do Conama é muito importante, já que a Caatinga e a Floresta Amazônica são os dois biomas que serão mais impactados por esse fenômeno, segundo estudos encomendados pelo MMA em 2004. "É preciso uma ação muito enérgica dos governos e da sociedade para produzirmos medidas de mitigação e, ao mesmo tempo, de adaptação a esse processo de mudança do clima", disse.

Capobianco chamou atenção ainda para o painel que encerra os trabalhos do Conama, na sexta-feira, sobre os desafios e iniciativas para as mudanças climáticas no bioma Caatinga. Para ele, os debates realizados por especialistas, no encontro, poderão contribuir para a melhor compreensão desses impactos e para o Plano e a Política Nacional de Mudanças Climáticas, em discussão no governo federal.

UCs - A secretária de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Maria Cecília Wey de Brito, que participa dos debates, informou em sua palestra que o governo estuda a criação de novas unidades de conservação federais no bioma Caatinga, que deverão representar 1 milhão de hectares nos próximos dois anos. Segundo ela, os processos estão em fase adiantada de negociações. "Devemos dar um salto de mais de 25% de áreas protegidas no bioma", acredita. Atualmente cerca de 4%, dos 800 mil hectares de Caatinga, são protegidos por unidades de conservação federais.

A região da Caatinga é considerada por especialistas a mais rica em biodiversidade das regiões semi-áridas do mundo, ocupando 11% do Brasil (região nordeste e norte de Minas Gerais), onde vivem cerca de 27 milhões de pessoas. Sua biodiversidade ajuda na sobrevivência de grande parte da população do semi-árido.

Participaram da abertura do evento, além do governador interino Francisco José Pinheiro, o presidente do Ibama Bazileu Alves Margarido; a secretária de Biodiversidade e Florestas do MMA, Maria Cecília Wey de Brito, o secretário de Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Egon Krakhecke, o presidente do Conselho Estadual de Meio Ambiente do Ceará, André Barreto, entre outros representantes da sociedade civil e do setor empresarial.



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