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Conferência Estadual do Acre reúne cerca de 600 pessoas

A ministra Marina Silva participou da abertura da III Conferência Estadual de Meio Ambiente do Acre, nesta terça-feira (18). O encontro reuniu 600 pessoas e é preparatório para a III Conferência Nacional do Meio Ambiente, em maio, em Brasília
Publicado: Segunda, 17 Março 2008 21:00 Última modificação: Segunda, 17 Março 2008 21:00

Gerusa Barbosa

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, abriu na manhã desta terça-feira (18), no Horto Florestal de Rio Branco, a III Conferência Estadual de Meio Ambiente do Acre. O encontro reúne representantes dos governos federal, estadual e municipais, Ministério Público, Assembléia Legislativa, sociedade civil, setor produtivo, comunidade indígena e movimentos sociais dos 22 municípios acreanos. Também participam do encontro196 delegados dos 226 eleitos nos municípios. Eles vão debater durante dois dias o tema Mudanças Climáticas.

Falando para uma platéia de mais de 600 pessoas, Marina Silva disse que o tema da III Conferência Nacional do Meio Ambiente entrou na agenda global e também na dos municípios e dos estados que realizam suas conferências. "As conferências trazem o tema mudanças climáticas para o debate local sem perder a dimensão do global". Segundo ela, o evento exige um conjunto de ações que precisam ser levadas a cabo com a participação da sociedade.

A primeira e a segunda conferências nacionais, realizadas em 2003 e em 2005, mobilizaram cerca de 84 mil pessoas em todo o País. A expectativa é de que a terceira edição tenha mais de 100 mil participantes. "Esperamos chegar na conferência nacional com uma forte participação da sociedade brasileira na formulação e na implementação das políticas públicas", disse Marina Silva. "O controle e a participação da sociedade fazem a diferença", acredita. A III CNMA será realizada no início de maio, em Brasília.

Ela lembrou que os países ricos são, historicamente, responsáveis por uma maior quantidade de emissão de carbono. Porém, os pobres, mesmo sem o mesmo desenvolvimento econômico e social, também já possuem grande participação na emissão de gases de efeito estufa. "Devemos liderar pelo exemplo", defendeu a ministra, destacando que o Brasil possui matrizes energéticas e elétricas limpas (45% e 85% respectivamente). Contudo, o desafio que está posto é viabilizar o desenvolvimento com a preservação e vice-versa, disse.

O governador do Acre, Binho Marques, elogiou o trabalho da ministra Marina Silva à frente do MMA ao lembrar a política transversal conduzida por ela. Ele destacou os avanços do Acre na agenda socioambiental, desde a época de Chico Mendes, dizendo que o estado foi o que mais reduziu a taxa de desmatamento na Amazônia nos últimos anos.

O secretário estadual de Meio Ambiente, Eufram Amaral, disse esperar que o encontro, ao iniciar a discussão sobre o Plano Nacional de Mitigação de Mudanças Climáticas, trace estratégias que sejam soluções simples mas com a "cara" do Acre. Participaram da formação da mesa, além da ministra Marina Silva, o governador do Acre, Binho Marques; o prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim; o presidente do Ibama, Bazileu Alves Margarido; o secretário estadual de Meio Ambiente, Eufram Amaral, entre outros representantes de instituições públicas e da sociedade civil.

Animais Silvestres
A ministra Marina Silva também participou, em Rio Branco, da inauguração do Centro de Triagem e Resgate de Animais Silvestres. Vinculado ao Ibama, o órgão é fundamental na estratégia de recuperação e proteção da fauna silvestre, apoio à fiscalização, além de evitar a perda da biodiversidade e vai operar em conjunto com a prefeitura de Rio Branco por intermédio da Secretaria de Meio Ambiente. "Esses centros servem para ampliar a agenda da biodiversidade colaborando na proteção dos animais silvestres", disse Marina ao lembrar, também, em seu discurso, a importância das campanhas de conscientização sobre os malefícios do tráfico de animais silvestres. "Estimar os animais não é escravizá-los e, sim, deixá-los vivos no seu habitat natural", falou Marina.

O presidente do Ibama, Bazileu Margarido, destacou a importância das parcerias firmadas para a gestão do centro. "Tão importante quanto o número de centros e a quantidade de animais beneficiados é a qualidade nos serviços e parcerias feitas como com a prefeitura, as universidades que inserem o trato dos animais silvestres em suas grades curriculares, as organizações não-governamentais e até particulares que também colaboram com essa iniciativa", afirmou.

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