Grace Perpétuo
"As conferências municipais, regionais, estaduais e Nacional do Meio Ambiente repercutem o desejo da sociedade brasileira de levar adiante, de forma coordenada, uma ação transformadora da realidade socioambiental", afirmou, nesta quinta-feira (13), o diretor do Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, professor Marcos Sorrentino, durante a abertura da segunda edição capixaba da Conferência Estadual do Meio Ambiente, em Vitória.
"Precisamos unir esforços e fazer um grande pacto pela manutenção da vida no planeta e pela melhoria das condições dessa vida para cada um de nós", disse Sorrentino às cerca de 460 pessoas - entre estudantes e representantes dos governos estadual e municipais, de organizações não-governamentais, da comunidade acadêmica e da sociedade civil - que se reuniram no Centro de Convenções de Vitória para debater e apresentar propostas para a formulação de políticas públicas de enfrentamento às mudanças do clima, tema central do forum que será encerrado nesta sexta-feira (14). "As conferências são um grande exemplo de como é possível fazer esse compromisso", reiterou o diretor do DEA.
Estiveram também presentes à abertura dessa II Conferência Estadual do Meio Ambiente o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Espírito Santo, Reginaldo Anaissi Costa; a Secretária de Estado de Meio Ambiente, Maria da Glória Abaurre; a diretora-presidente do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Sueli Passoni Tonini; e o presidente da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma), Antônio Tarcísio Correia de Mello, entre outros.
Nessa etapa estadual - precedida por sete conferências regionais apenas no Estado do Espírito Santo - serão eleitos 30 delegados para a III Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), que será realizada entre os dias 7 e 11 de maio, em Brasília. Na plenária nacional serão aprovadas deliberações ao Ministério do Meio Ambiente e recomendações a outros órgãos e instituições de governo.
O modelo de gestão participativa, por meio de conferências nacionais, é adotado pelo governo federal desde 2003. Hoje, a CNMA soma-se ao intenso debate global em torno do enfrentamento às mudanças climáticas - rumo à disseminação do conhecimento técnico-científico, à identificação de soluções e a um Plano Nacional de Mudanças Climáticas.
ONG - "Estamos aqui porque queremos ser ouvidos", afirmou Ronaldo da Silva Borges, presidente da organização não-governamental local Associação de Pescadores de Carapebus (Aspesca), após a abertura da conferência de Vitória. "Nós, pescadores, percebemos como as mudanças climáticas afetam a vida tanto em terra quanto no mar: a quantidade de peixes vem diminuindo e é preciso se afastar cada vez mais da costa para encontrá-los, longe da poluição, em águas mais profundas." Ronaldo conta que trouxe à conferência 50 pescadores de sua colônia, e que pretende eleger três delegados para a plenária nacional. "A gente faz o que pode para cuidar do meio ambiente".
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