Grace Perpetuo
O Departamento de Educação Ambiental (DEA) do Ministério do Meio Ambiente enviou à secretaria do Foro de Ministros de Meio Ambiente da América Latina e Caribe, nesta quinta-feira (6), a matriz de um plano de ação para o Grupo de Trabalho sobre Educação Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável. O GT é um dos instrumentos criados pelo Foro para implementar a agenda regional comum denominada Iniciativa Latino-Americana e Caribenha para o Desenvolvimento Sustentável (Ilac). A educação ambiental é uma das prioridades do Ilac nos próximos quatro anos.
O novo GT sobre educação ambiental irá supervisionar o cumprimento das decisões referentes à Rede de Formação Ambiental do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), em apoio à implementação do Programa Latino-Americano e Caribenho de Educação Ambiental (Placea). Nessa fase de consulta, a matriz do programa de trabalho do GT será encaminhada a todos os países que participam do Foro, para que, no prazo de 15 dias, façam suas contribuições ao texto final.
A elaboração da matriz pelo DEA vem em resposta a um fato inédito: o Brasil por meio do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) é o novo coordenador do Placea no período 2008-2010. A proposta brasileira foi acatada durante a XVI Reunião do Foro de Ministros de Meio Ambiente da América Latina e do Caribe, realizada em Santo Domingo, na República Dominicana, entre 27 de janeiro e 1º de fevereiro. O último país-coordenador foi a Venezuela.
Uma carta foi também enviada pelo diretor do DEA, professor Marcos Sorrentino, a educadores da América Latina, Caribe, Península Ibérica e países de Língua Portuguesa, avisando sobre a realização de uma reunião com os pontos focais da educação ambiental de todos os países latino-americanos e caribenhos, a ser realizada ainda no primeiro semestre de 2008, a fim de detalhar um Plano de Ação Regional do Placea.
O diálogo democrático com os países envolvidos é prioridade na coordenação brasileira, que incluirá ações no sentido de intensificar a legitimidade política do Placea em todo o mundo; e, na América Latina e Caribe, de fortalecer e potencializar as redes de diálogo entre educadores ambientais da região; de atualizar o exame sobre o estado da arte da educação ambiental nos países envolvidos; de articular em âmbito regional a implementação da Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, de acordo com a identidade latino-americana da educação ambiental; e de participar das instâncias decisórias sobre políticas e programas internacionais em educação ambiental representando a região, entre muitas outras.
O Placea foi lançado em 2005 na XV Reunião do Foro de Ministros de Meio Ambiente da América Latina e do Caribe.
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