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Rio de Janeiro ganha centro de regeneração de CFC

Publicado: Terça, 04 Março 2008 21:00 Última modificação: Terça, 04 Março 2008 21:00

Suelene Gusmão

O primeiro centro de regeneração de gases refrigerantes do Rio de Janeiro será inaugurado no dia 14 de março. A iniciativa é do Ministério do Meio Ambiente, por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). A proposta de criação dos centros é proceder a regeneração do CFC (gás de geladeira) impedindo que ele seja liberado no meio ambiente e prejudique a camada de ozônio. Outros dois centros semelhantes já existem no estado de São Paulo, sendo o primeiro deles criado em 2006. A solenidade de inauguração ocorrerá a partir das 9h no Salão Sartre do Hotel Glória, no Rio de Janeiro, e o corte da fita inaugural será realizado na Refrigeração Sudeste, onde está localizado o centro.

A criação destas centrais de regeneração do CFC integra o Plano Nacional para Eliminação de CFCs, previsto no Protocolo de Montreal, do qual o Brasil é signatário, e que tem entre suas metas a eliminação, até 2010, de substâncias prejudiciais à camada de ozônio. Entre as substâncias consideradas nocivas à camada de ozônio estão, além do CFC, o tetracloreto de carbono (indústria química), o brometo de metila (agricultura).

Em sua primeira etapa, o plano realizou o treinamento e a capacitação de refrigeristas que aprenderam o correto manuseio do gás CFC. Em uma segunda fase, foram distribuídas máquinas para o recolhimento do CFC e desde 2006 vêm sendo inauguradas as centrais de regeneração. Os primeiros equipamentos para recolhimento de CFCs foram distribuídos em São Paulo, em julho de 2005. Com elas, as empresas de refrigeração ficaram aptas a coletar, armazenar e entregar os gases para regeneração, impedindo os vazamentos. Os equipamentos doados pelo programa foram adquiridos com recursos do Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal e entregues em regime de comodato.

Os CFCs são formados por cloro, flúor e carbono e sempre foram utilizados para efeito de refrigeração até o ano de 1999, quando seu uso e fabricação foram proibidos no Brasil por, comprovadamente, contribuírem para a redução da espessura da camada de ozônio. Segundo especialistas, a camada funciona como um filtro contra a radiação ultravioleta, sendo fundamental para a proteção à saúde dos seres vivos. A exposição direta à radiação ultravioleta pode provocar envelhecimento precoce e câncer de pele.


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