Lucia Leão
O Programa Brasileiro de Eliminação da Produção e do Consumo das Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio (SDOs) incluiu prefeituras, ONGs e outras instituições e organismos públicos ou privados como possíveis beneficiários do projeto que vai distribuir mais mil máquinas recolhedoras de fluidos refrigerantes. Para se candidatar, eles devem ser incluídos no Cadastro Técnico Federal do IBAMA e ter pelo menos um técnico aprovado no treinamento em boas práticas de refrigeração, projeto integrante do Plano Nacional de Eliminação de CFC.
A revisão dos critérios para distribuição dos equipamentos - que inicialmente só contemplavam empresas de serviços - foi determinada por portaria da ministra Marina Silva, publicada na edição de quinta-feira (24) no Diário Oficial. Por meio desta nova Portaria, o MMA aumentou as categorias de empresas/instituições elegíveis ao recebimento de máquinas recolhedoras e assim irá beneficiar um maior número de técnicos refrigeristas que contribuirão com a diminuição da emissão de CFCs para a atmosfera.
A maioria dos aparelhos domésticos de refrigeração produzidos até 1999 utiliza CFCs. Quando eles passam por manutenção, o gás deve ser retirado para evitar que ele seja lançado na atmosfera. Para realizar essa operação usa-se a recolhedora de fluido refrigerante que o transfere para um cilindro onde o CFC fica acondicionado e é encaminhado ao processo de regeneração ou de reciclagem para posteriormente ser reutilizado.
Já estão operando duas unidades de regeneração no Brasil, uma em São Paulo e outra no Rio de Janeiro. Até agosto serão cinco: outra na capital paulistana, que está em fase de implantação, uma em Porto Alegre e outra em Recife. As demais capitais receberão unidades de reciclagem. Essas unidades purificam o gás e o deixam em condições de reuso, porém com qualidade inferior ao gás regenerado.
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