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Oficina prepara documento-base preliminar sobre o MacroZEE Brasil

Publicado: Terça, 30 Outubro 2007 22:00 Última modificação: Terça, 30 Outubro 2007 22:00
Lúcia Leão

As alterações climáticas, com a elevação das temperaturas e a redução da oferta de água, vão provocar profundas mudanças no mapa agrícola do País. Culturas de clima temperado, como o café e algumas frutíferas, por exemplo, precisarão ser deslocadas da região Sudeste para o Sul, enquanto plantas mais resistentes a adversidades climáticas, como a cana-de-açúcar e o eucalipto, podem se expandir por todas as regiões, apresentando-se como alternativa econômica embora muitas vezes de alto risco ambiental. Este quadro, apresentado nesta quarta-feira (31) pelo técnico da Embrapa Giampaolo Pelegrino durante oficina promovida pelo Consórcio ZEE Brasil, é, para o coordenador do evento Marcos Del Prette, representante do Ministério do Meio Ambiente, mais uma demonstração da urgência do MacroZoneamento Ecológico-Econômico, que será o principal instrumento para o poder público ordenar a ocupação e uso do território e promover o desenvolvimento de forma sustentável.

Já existem vários estudos e zoneamentos para áreas determinadas e com objetivos específicos. São importantes instrumentos de gestão que precisam ser desengavetados e amarrados entre si para que cumpram efetivamente seus objetivos, afirmou Del Prette referindo-se aos zoneamentos apresentados pelo técnico da Embrapa e por Walter Marques, que também participa do encontro representando a CPRM.

Giampaolo Pelegrino baseou sua palestra no "Zoneamento de Risco Climático", que já é realizado há quase 20 anos pela Embrapa. Os técnicos da empresa trabalham com base em observações e monitoramentos anuais e previsões da comunidade científica. Além de orientar os produtores, o zoneamento também baliza a concessão de créditos e os prêmios dos seguros agrícolas. O levantamento de dados é feito em todo o território nacional, mas, por força de um acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a empresa não divulga os dados relativos à região amazônica para não estimular a substituição da floresta por qualquer tipo de cultura.

"Nós temos, com o Ministério da Agricultura, um acordo de cavalheiros, pelo qual a Embrapa condiciona a divulgação do zoneamento de risco climático na Amazônia para os estados que aprovem ZEE. Por enquanto é só Rondônia", revela Del Prette.

As oficinas, que se realizam desde o dia 30 no auditório do Ministério da Defesa, reúnem técnicos de todos dos órgãos e empresas integrantes do Consórcio ZEE Brasil para debater e produzir artigos para o Documento-Base Preliminar, que será disponibilizado ao público em DVD até o fim deste ano. Ele deve apresentar um panorama das transformações territoriais recentes e das tendências de uso e ocupação que vão subsidiar a agenda de sustentabilidade e definir estratégias de gestão ambiental.


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