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MMA marca presença no II Encontro dos Povos das Florestas

Proposta de política de serviços ambientais, feiras de produtos sustentáveis, biodiversidade, diálogo com o público jovem, entre outros, foram temas expostos por representantes do Ministério do Meio Ambiente em diversas mesas-redondas do evento
Publicado: Quarta, 19 Setembro 2007 21:00 Última modificação: Quarta, 19 Setembro 2007 21:00
Daniela Mendes e Grace Perpetuo

Proposta de política de serviços ambientais, feiras de produtos sustentáveis, biodiversidade, diálogo com o público jovem, entre outros, foram temas expostos por representantes do Ministério do Meio Ambiente em diversas mesas-redondas do II Encontro dos Povos das Florestas, que ocorre em Brasília até este domingo (23). No encontro, os secretários de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Egon Krakhecke; de Biodiversidade e Florestas, Maria Cecília Wey de Brito; e de Articulação Institucional e Cidadania, Hamilton Pereira, falaram sobre as políticas e ações articuladas pelo MMA para essas populações.

Segundo Egon Krakhecke, o governo federal discute a possibilidade de criação de uma política, de um plano e de um fundo nacional de serviços ambientais. As discussões estão sendo feitas e entre os ministérios do Desenvolvimento Social, do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente para que se construa um plano consistente de remuneração pelos serviços ambientais prestados pelos povos das florestas. "O pagamento por serviços ambientais vai ser, por excelência, o mecanismo para a inclusão dos pequenos produtores". O secretário falou ainda sobre a possibilidade de criação, pelo governo federal, de uma bolsa-verde nos moldes do Bolsa-Família, para atender às populações menos favorecidas com uma remuneração socioambiental.

A secretária Maria Cecília Wey de Brito também abordou o tema serviços ambientais durante a mesa-redonda, destacando que hoje 50% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro depende do uso direto dos bens da biodiversidade. "O desafio é tratar a biodiversidade como tema central. Equilibrar as diferenças na apropriação dos benefícios e custos do uso e da conservação dessa biodiversidade", defendeu a secretária, afirmando que a sustentabilidade econômica só é possível com a conquista da sustentabilidade socioambiental.

"A floresta não é nossa inimiga - é nossa mãe e pode abrigar muitos projetos", disse Hamilton Pereira a um grupo de jovens atentos. Em uma roda de diálogo realizada no espaço montado pelo evento no Zoológico de Brasília, o secretário falou sobre desenvolvimento sustentável, como parte do tema maior Redução da Pobreza e Conservação da Biodiversidade. Ela ressaltou que o governo federal vem inovando ao "abrir espaço para o debate" e ao "envolver a população na solução de problemas" sociais e ambientais. "Eu queria chamar a atenção de vocês para este aspecto muito importante da política do MMA.

Hamilton contou também algo da história deste II Encontro dos Povos das Florestas, lembrando que sua primeira edição foi realizada há 20 anos, em Xapuri (AC), e foi presidida pelo líder Chico Mendes, tornando-se um marco do movimento socioambiental brasileiro - reiterando que as grandes conferências "não podem ser tratadas como eventos, mas como processos".

No espaço do evento, o MMA promove a feira de produtos sustentáveis com o objetivo de divulgar trabalhos das mais diversas comunidades brasileiras e mostrar que é possível a convivência com a natureza de forma sustentável. Angico, babaçu, cacau, palha de coqueiro, sementes de açaí. Esses são alguns dos produtos gerados pela natureza que nas mãos dos povos e comunidades tradicionais do Brasil se transformam em fonte de renda e em registro cultural. A feira fica até esta sexta-feira (21)


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