O governo federal está discutindo a possibilidade de criação de uma política, de um plano e de um fundo nacional de serviços ambientais. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (20) pelo secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Egon Krakhecke, durante o II Encontro Nacional dos Povos das Florestas, em Brasília.
Segundo Krakhecke está sendo feita uma discussão conjunta entre os ministérios do Desenvolvimento Social, do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente para que se construa um plano consistente de remuneração pelos serviços ambientais prestados pelos povos das florestas. "O pagamento por serviços ambientais vai ser, por excelência, o mecanismo para que os pequenos produtores sejam incluídos", disse Krakhecke durante a realização da mesa-redonda sobre Conservação da Biodiversidade e Redução da Pobreza.
Egon falou ainda sobre a possibilidade de criação, pelo governo federal, de uma bolsa-verde nos moldes do Bolsa-Família, para atender às populações menos favorecidas com uma remuneração socioambiental.
A secretária de Biodiversidade e Florestas do MMA, Maria Cecília Wey de Brito, também abordou o tema serviços ambientais durante a mesa-redonda destacando que hoje 50% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro depende do uso direto dos bens da biodiversidade. "O desafio é tratar a biodiversidade como tema central. Equilibrar as diferenças na apropriação dos benefícios e custos do uso e da conservação dessa biodiversidade", defendeu a secretária, afirmando que a sustentabilidade econômica só é possível com a conquista da sustentabilidade socioambiental.
Na mesa também estavam presentes o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias; a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa; Marcos Meira, da Fundação Nacional do Índio; Marcos Terena, do Memorial dos Povos Indígenas; Manoel Cunha, do Conselho Nacional dos Seringueiros, e Jorge Streit, da Fundação Banco do Brasil.
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