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Marina Silva destaca luta dos povos das florestas

Ao lembrar a trajetória dos povos das florestas, que há 20 anos não tinham o apoio de hoje, a ministra ressaltou a importância da contribuição dessas populações para preservação do meio ambiente.
Publicado: Terça, 18 Setembro 2007 21:00 Última modificação: Terça, 18 Setembro 2007 21:00
Grace Perpetuo

"As utopias são apenas o começo", disse nesta quarta-feira (19), emocionada, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao lembrar - no auditório do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, durante o II Encontro Nacional dos Povos das Florestas - o esforço visionário de muitos dos presentes por suas respectivas causas, anos atrás, numa história de luta que se confunde com a própria trajetória da ministra. A participação de Marina Silva se deu durante a primeira conferência temática do evento, sob o tema Povos das Florestas e Mudanças Climáticas.

Ao celebrar a presença de "caiçaras, quebradeiras-de-coco, babaçueiros, seringueiros, castanheiros, copaibeiros e pescadores", a ministra afirmou que, 20 anos atrás, "as pessoas que estão aqui foram vanguarda em um movimento que não tinha o apoio que tem hoje". "E olha onde chegamos: 20 anos depois, o movimento volta aqui para discutir problemas globais; porque nossa contribuição, agora, não é apenas para nós mesmos: é para toda a Humanidade", disse Marina, arrancando aplausos ao reiterar que, "porque essa luta foi iniciada lá atrás, o termo usado hoje é duplamente plural; somos os povos das florestas: do Cerrado, da Mata Atlântica, da Caatinga, do Pantanal, dos Pampas".

Marina Silva chamou a atenção para o tema em pauta fazendo com que os presentes pensassem em algumas conseqüências da catástrofe - já em curso em todo o mundo - do aumento das temperaturas globais: a elevação dos níveis dos oceanos, a submersão de grandes territórios e o sofrimento da natureza e de diversos povos (sobretudo os mais pobres) em todos os continentes.

A ministra citou as muitas ações transversais do governo brasileiro no combate ao desmatamento - lembrando os índices mais recentes, que revelam uma redução de 25% em total de área desflorestada no período de agosto de 2005 a julho de 2006 - e no enfrentamento de suas responsabilidades para com a emissão de gases de efeito estufa.

"Mais que corrigir erros, porém, precisamos preveni-los", alertou a ministra. "Temos de mudar nossa forma de vida, porque a Terra não agüenta mais!" Além das iniciativas governamentais, no entanto, Marina reforçou a importância de - por meio de um "constrangimento ético" que leve à ação - trazer a consciência ambiental a todos os brasileiros, para que se dê continuidade às conquistas obtidas até o momento.

Participaram também da conferência temática Povos das Florestas e Mudanças Climáticas Adilson Vieira, do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA); Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental; Egberto Tabo, da Coordinadoria de las Organizaciones Indígenas de la Cuenca Amazonica (COICA); Julio Barbosa de Aquino, do Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS); Paulo Moutinho, do Instituto de Pesquisa e Meio Ambiente, Stephen Schwartzmann, do Environmental Defense; a jornalista Miriam Leitão; e o governador do Estado do Amazonas, Eduardo Braga.

- Ouça aqui discurso da ministra Marina Silva

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