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Seminário avalia ações de fiscalização na queda do desmatamento

Publicado: Segunda, 13 Agosto 2007 21:00 Última modificação: Segunda, 13 Agosto 2007 21:00

Adriano Ceolin

O primeiro dia do 5º Seminário Técnico-Científico de Análise de Dados Referentes ao Desmatamento na Amazônia Legal, nesta terça-feira (14), aprofundou a avaliação sobre a redução do desflorestamento em 25% na região, no período entre agosto de 2005 e julho de 2006. Entre as exposições e palestras, destacaram-se as ações integradas de fiscalização realizadas pelo Ibama com colaboração da Polícia Federal, do Exército, da Polícia Rodoviária Federal e das polícias militares dos estados.

O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Flávio Montiel, apresentou um histórico das operações realizadas nos últimos quatro anos: foram 32, em 2003; 26, em 2004; 64, em 2005; e 151, em 2006. "As operações resultaram na prisão de 364 madeireiros e de 96 servidores, a maioria do Ibama, e causaram um efeito dominó sobre o desmatamento", afirmou Montiel.

Outro relevante resultado destas ações foi a aplicação de multas: entre 2005 e 2006, elas somaram R$ 1,4 bilhão, contra R$ 836 milhões entre agosto de 2004 e julho de 2005 - e dados recentes demonstram que, entre agosto de 2006 e julho de 2007, o valor alcançou R$ 2,6 bilhões. Segundo Montiel, "58% dos desmatamentos ilegais foram autuados pelo Ibama" no período.

A ministra do Meio Ambiente (MMA), Marina Silva, também comentou a importância das operações - que, para ela, "repercutem com muito impacto". A ministra ressaltou, porém, que, na segunda fase do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia (PPCDA), será preciso intensificar a discussão sobre o desenvolvimento sustentável como política de combate ao desflorestamento.

O diretor do Serviço Florestal Brasileiro do Ministério do Meio Ambiente, Tasso Azevedo, por sua vez, fez uma análise da cobertura florestal no País e do desmatamento nas florestas públicas  e destacou que as ações do governo têm ajudado a proteger um patrimônio avaliado, anualmente, em cerca de R$ 1 bilhão, referindo-se "apenas à madeira".

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