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Ministra abre seminário e defende desmatamento ilegal zero

Publicado: Segunda, 13 Agosto 2007 21:00 Última modificação: Segunda, 13 Agosto 2007 21:00

Adriano Ceolin

Quatro dias depois de divulgar o recorde na redução do desmatamento na floresta amazônica, a ministra do Meio Ambiente (MMA), Marina Silva, lançou novos desafios ao discursar na abertura do V Seminário Técnico-Científico de Análise de Dados Referentes ao Desmatamento na Amazônia Legal, realizado nesta terça-feira (14), em Anápolis (GO).

"Nesta segunda fase de aperfeiçoamento do plano, nós esperamos dar continuidade a esse processo estruturante de diminuir o desmatamento legal e fazer com que o desmatamento ilegal chegue a zero", disse a ministra, referindo-se ao Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia (PPCDA), lançado em 2004 pelo governo federal.

Um dos objetivos do seminário é traçar estratégias para a segunda fase do plano, que conta com a participação de 13 ministérios coordenados pela Casa Civil. O evento é realizado na Base Aérea de Anápolis, já que a Aeronáutica participa do PPCDA utilizando suas aeronaves para fazer imagens e ajudar na fiscalização do desmatamento da Amazônia.

"O grande desafio agora é ter as ações do governo federal em perfeita sintonia com a forte ação rigorosa do governos estaduais", disse Marina Silva, na abertura do seminário. "Não podemos ficar acomodados com os resultados que estamos colhendo. Pelo contrário, aumentam o nosso desafio e a nossa responsabilidade no contexto de uma crise ambiental global", afirmou.

Na sexta-feira (10), foi divulgada a queda do ritmo do desmatamento em 25%, entre agosto de 2005 e julho de 2006. Os dados são do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento da Amazônia Legal (Prodes), um sistema de análise imagens de satélites coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desde 1988.

Também na sexta-feira, foram divulgadas as estimativas do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), criado pelo Inpe para ajudar no combate ao desmatamento em tempo real. De acordo esse sistema, a taxa de desmatamento em 2007 deverá ficar em 30%. Isso significa um recorde histórico, pois é comparável a índices da década de 1970.

Cerca de 50 instituições de meio ambiente foram convidadas para o seminário que encerra nesta quarta-feira (15). Entre elas, secretarias e institutos estaduais de meio ambiente e organizações não-governamentais ligadas ao assunto. Marina Silva ressaltou a participação de todos: "O que alcançamos até aqui é fruto de um trabalho integrado, transversal, de muitos olhares, da crítica vigilante e atenta de diferentes setores da sociedade que têm nos ajudado significamente".

Após a abertura do seminário pela ministra, foram feitas três palestras: Dalton Valeriano, do Inpe, apresentou os resultados do Prodes e os planos do Inpe para o monitoramento da Amazônia; o coronel aviador Darcton Policarpo Damião, do Comando Geral de Tecnologia Espacial, falou sobre as técnicas de análise aplicadas à predição do desmatamento; e André Lima, do MMA, apresentou uma análise geral do dados do desmatamento em 2006.


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