O Ministério do Meio Ambiente quer popularizar a Cartografia Social. A Cartografia, que será explicada nesta quinta-feira (9), em Curitiba, a gestores públicos do Paraná, faz parte de outra metodologia, o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE). Com o ZEE, o MMA e outros ministérios e órgãos do governo identificam o perfil econômico, ambiental e social de um estado ou de uma região, apontando modelos mais adequados de implantação de atividades econômicas. Já com a Cartografia Social, a exemplo do ocorrido nos estados da Amazônia, onde a metodologia foi aplicada, Paraná e outros estados poderão igualmente retirar da "invisibilidade" comunidades tradicionais, dando-lhe voz e vez em relação aos seus destinos no cenário geográfico, político, econômico e social.
"Com o reconhecimento oficial da existência daquelas populações, nós as investimos do papel de atores políticos, estimulando seu protagonismo na reivindicação por territórios historicamente ocupados por elas e na definição das atividades econômicas, culturais e sociais que deverão ser desenvolvidas nos territórios analisados no zoneamento", explica o diretor de Zoneamento Territorial do MMA, Roberto Ricardo Vizentin.
Segundo Vizentin, a metodologia de Cartografia Social utilizada nos nove estados da Amazônia servirá de base do curso de capacitação dos gestores paranaenses, que deverão adaptá-la às peculiaridades do Paraná. "A cartografia foi incorporada ao Zoneamento Ecológico-Econômico porque fornece subsídios importantes para fundamentar as conclusões finais do processo. Felizmente, o Paraná, assim como outros governos estaduais, teve sensibilidade para perceber o valor da cartografia e seu efeito enriquecedor do zoneamento", diz Vizentin.
Além do Paraná e dos nove estados da Amazônia, outros estados já estão definidos para futuros cursos sobre Cartografia Social. Até o momento, estão previstos encontros similares ao do Paraná no Rio de Janeiro, no Espírito Santo, em Goiás e no Mato Grosso do Sul.
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