Rubens Júnior
O Ministério do Meio Ambiente participará, de 24 a 27 de setembro, do I Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países Lusófonos e Galícia, em Santiago de Compostela, Galícia, Espanha. O MMA será representado por gestores do Departamento de Educação Ambiental. Os participantes discutirão estratégias para o enfrentamento das mudanças climáticas e a conservação da biodiversidade, pela ótica da sustentabilidade e da instrumentalização da cooperação internacional.
Durante o evento, ocorrerá o lançamento de um programa conjunto de Educação Ambiental para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O programa consolida parte das recomendações elaboradas na reunião de Ministros de Meio Ambiente dos oito membros da CPLP (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal e Timor-Leste), em 2006, que resultou na definição da Plataforma de Cooperação da CPLP na Área Ambiental. Por meio de seu Departamento de Educação Ambiental, o MMA tem colaborado com países da Comunidade, como Angola e Moçambique, apoiando o desenvolvimento de seus próprios Programas Nacionais de Educação Ambiental (ProNEA).
Salas verdes - Aprovada a versão atual do programa conjunto de Educação Ambiental, a CPLP passará a contar com 16 centros de informação e referência chamados Salas Verdes, dois em cada país - um em instituição pública, outro em entidade social. A instalação das Salas Verdes, bem como a definição das bases de uma campanha internacional de educação ambiental com ênfase nas mudanças climáticas e o aprofundamento e a qualificação do conceito de educação ambiental, possibilitará aos países da CPLP aprofundarem a integração dos seus gestores e educadores ambientais, explica a técnica do Departamento de Educação Ambiental/MMA, Daniela Ferraz. Além disso, acrescenta ela, o programa fortalecerá a plataforma de cooperação da CPLP em outras áreas relacionadas, em benefício da proteção ambiental e da sustentabilidade socioambiental das nações envolvidas.
As Salas Verdes serão espaços virtuais de comunicação para o intercâmbio de experiências, opiniões, pesquisa, estudo e realização de oficinas de formação. A implementação desses espaços prevê também a oferta de publicações especializadas sobre educação ambiental e outras questões que afetam o dia-a-dia do planeta, como mudanças climáticas, energias renováveis, combate à desertificação, mitigação dos efeitos da seca, ecoturismo, gestão ambiental marinha e costeira, gestão de resíduos, gestão integrada de recursos hídricos e proteção à biodiversidade. Além disso, a Comunidade onde está inserida a Sala Verde participará de processos educacionais definidos em um projeto pedagógico.
Completado um ano de implementação do programa, pretende-se que as Salas Verdes possuam um acervo de 200 títulos (cerca de 25 de cada país da CPLP) e atuando em parceria com a Comunidade, contribuindo para a melhoria socioambiental nos países lusófonos.
Interessados em participar do I Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países Lusófonos e Galícia podem encontrar informações sobre programação, inscrição e outras no site www.ealusofono.org. A idéia do evento - organizado pelo Centro de Extensión Universitaria e Divulgación Ambiental de Galicia - surgiu durante o Congresso Iberoamericano de Educação Ambiental, ano passado, em Joinville.
Redes Sociais