O ministro interino de Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, disse nesta quarta-feira (18) que a vanguarda do Brasil na área de produção de energia limpa depende de novos esforços para aprofundar os benefícios tecnológicos atuais e manter o País não apenas na liderança do processo, mas na dianteira mundial dos negócios nesta área. "Precisamos permanentemente de novos investimentos, em busca de novas soluções tecnológicas que sejam capazes de aprimorar ainda mais os processos produtivos limpos no País. Do contrário, podemos perder nossa posição atual", afirmou Capobianco.
O ministro, para quem "o Brasil tem plenas condições de avançar mais nas inovações", falou a uma platéia composta dos industriais, gestores e jornalistas, durante seminário sobre Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Limpo, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.
Capobianco disse que o MMA continuará com sua política de apoio a projetos dos setores público e privado que combinem desenvolvimento com conservação dos recursos naturais do País - algo possível e viável, como prova o Programa Brasileiro do Etanol, importante fonte limpa de divisas para o Brasil.
O ministro interino aproveitou o evento para anunciar que em breve será divulgada a confirmação da taxa de desmatamento da Amazônia para o período 2005-2006 e a estimativa para o próximo ano. Em outubro de 2006, foi anunciada a tendência projetada para 2005-2006, segundo dados do Projeto Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes): queda de 30%. O Prodes é desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O combate à devastação da floresta amazônica é um fator importante para minimizar as emissões de carbono da atmosfera e, por conseqüência, o aquecimento global.
Durante o seminário, o Ministério do Meio Ambiente firmou um protocolo de intenções sobre Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) com os ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Ciência e Tecnologia, além de vários setores da indústria. Esse é um dos pontos da agenda do Ano do Desenvolvimento Limpo, lançado na terça-feira (17) pelo Governo Federal, e que pretende chamar a atenção da sociedade civil sobre a influência do MDL e do mercado de carbono na redução da emissão de gases que provocam o efeito estufa.
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