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Brasil quer apoio da Unesco para ampliar eficiência de bóias oceanográficas

Publicado: Quarta, 13 Junho 2007 21:00 Última modificação: Quarta, 13 Junho 2007 21:00
Rubens Júnior

Representante do Ministério do Meio Ambiente na 24ª Assembléia da Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI/Unesco), que será realizada de 18 a 28 deste mês, em Paris, o gerente do Programa Nacional de Zoneamento Costeiro e Marinho (Gercom), Ademílson Zamboni, solicitará a ampliação no Brasil de ações do COI na área, a começar pelo aumento do número de bóias oceanográficas presentes na costa brasileira. Essas bóias fornecem ao governo dados sobre as condições meteorológicas e oceanográficas e ajudam a prever fenômenos extremos, como ciclones. "Desejamos aumentar o número de bóias atuais (39 de deriva e quatro fundeadas) ou melhorar a eficiência das bóias que já existem", diz Zamboni. A ampliação e a melhoria tecnológica do sistema possibilitarão ao Brasil obter uma cobertura uniforme de toda a costa brasileira. Hoje, os equipamentos cobrem a costa, porém de forma não uniforme.

Os representantes dos 120 países-membros da COI tratarão dos seguintes temas gerais: Oceanografia, principalmente em função do anúncio recente dos efeitos perniciosos ao Planeta causados pelas mudanças climáticas, além do temas Monitoramento, Meteorologia e Climatologia.

Os debates ocorrerão no contexto do Programa Global de Observação dos Oceanos (GOOS/Unesco), do qual o Brasil é membro - o MMA integra o comitê executivo do GOOS e, em parceria, publicou o livro Erosão e Progradação do Litoral Brasileiro.

O Brasil aproveitará o encontro em Paris para obter outro benefício que Zamboni considera essencial. "Queremos autorização da Unesco para utilizar os indicadores de monitoramento de gestão integrada da região costeira desenvolvidos pelo GOOS", disse. A metodologia que gerou esses indicadores, testada em sete países, possibilitará ao Brasil elaborar, pela primeira vez na sua história, relatórios de qualidade ambiental e monitoramento da zona costeira. "Embora essa demanda exista desde a criação do Programa Nacional do Meio Ambiente (PNMA), de 1981, até este momento não fazíamos aquela aferição por falta de parâmetros", diz Zamboni.

Antes de ser utilizada no País, o governo terá de adequar a metodologia do GOOS ao cenário brasileiro. "Com base na metodologia da Unesco, vamos desenvolver nossos próprios indicadores. A partir daí poderemos fazer relatórios periódicos sobre a qualidade costeira e marinha", diz Zamboni.

Segundo o gerente, o Brasil solicitará, ainda, na reunião de Paris, maior aproximação com a Argentina e com o Uruguai, buscando avanços no Programa de Mares Regionais. "A idéia é que o Programa propicie uma atuação pública conjunta desses países em relação à porção do oceano Atlântico que lhes é comum. Poderíamos, então, realizar juntos o monitoramento oceanográfico, o controle de poluição, a realização de estudos para deter os processos erosivos, entre outros", diz Zamboni.


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