Adriano Ceolin
Um dos componentes do Programa de Revitalização do São Francisco, o monitoramento dos recursos da bacia hidrográfica do rio já pode ser executado. Foi apresentado nesta quarta-feira (9), em Belo Horizonte (MG), o Censo Estrutural da Pesca Continental nos Estados da Bacia do Rio São Francisco, elaborado entre 2006 e 2007.
Encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o estudo detalha as características da pesca executada em cinco Estados que abrigam a bacia do Rio São Francisco (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas).
Foram levantados números de embarcações, pontos de embarque e desembarque e até os utensílios dos pescadores. O censo conclui que a frota pesqueira identificada é composta de 17.896 embarcações, sendo que 84,3% é constituída por embarcações a remo do tipo canoa e regata, e apenas 15,7% por embarcações a motor: barco e canoa.
Técnica do MMA no Programa de Revitalização, Renata Nitta ressaltou que o censo pode servir de subsídio para outros projetos. "Na bacia, a pesca é muito importante, mas é executada de forma ainda bem artesanal", disse Renata Nitta. "Informações desse tipo serão importantes para subsidiar projetos sociais de outros órgãos dos governo", completa a técnica no Ibama.
Coordenador-geral da Gestão de Recursos Pesqueiro do Ibama, José Dias Neto supervisionou a execução institucional do Censo. "Trata-se de uma fotografia instantânea do segmento pesca da bacia, com destaque para a infraestrutura. Servirá para a instalação de um sistema de controle e também para avaliar
possíveis impactos decorrentes de atividades antrópicas sobre a bacia", disse.
Mais de 30 pessoas de cinco superintendências do Ibama participaram da elaboração do Censo, que contou ainda com a colaboração de mais de 60 pessoas de outros instituições parceiras como a Companhia de Desenvolvimento de Vale do Rio São Francisco, Companhia Elétricas do São Francisco, o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais, Bahia Pesca e universidades e prefeituras, além de federação e colônias de pescadores.
A coodenação dos trabalhos de campo coube a Geovânio Milton de Oliveira e Geraldo Clélio Batista dos Santos, ambos do Ibama.
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