O Ministério do Meio Ambiente apresentou na manhã desta quinta-feira (19), no Centro de Treinamento do Ibama, em Brasília, o Zoneamento Econômico-Ecológico da BR-163. A apresentação, feita para cerca de 100 gestores públicos, foi realizada pelo coordenador do ZEE BR-163, Adriano Venturiele, funcionário da Embrapa. Numa seqüência de mapas e indicadores, ele detalhou os resultados do estudo, que poderão ser utilizados pelo governo do Pará como bússola para realizar o ordenamento e a gestão territorial da região e a implantação do Distrito Florestal Sustentável daquela BR.
O ZEE registra o perfil econômico, ambiental e social de uma região de 334.450 km2 e apresenta quatro cenários possíveis para o futuro. "Quando o governo federal elege a BR-163 como prioridade, sinaliza para a sociedade a decisão de integrar as suas políticas públicas", disse a secretária de Coordenação da Amazônia do MMA, Muriel Saragoussi. O estudo faz sugestões de prospecção econômica, algumas inéditas, como a proposta de exploração do granito ornamental no município paraense de Novo Progresso. Sugere ainda que, ao autorizar a obra de uma hidrelétrica, o governo exija do empreendedor transferência de tecnologia e que a geração de energia seja dirigida ao desenvolvimento local.
"Além dos evidentes benefícios do estudo, sua realização desmente algumas impressões, provando, por exemplo, que seu custo foi barato (R$ 14 por Km2) e que a avaliação é capaz de produzir análises prospectivas de futuro", disse o coordenador do ZEE, Marcos Estevam del Prete.
Patrocinado pela Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA), e coordenado pela Embrapa, o zoneamento foi produzido por um consórcio de órgãos e empresas públicas. Além do MMA e do Ministério da Integração Nacional, estiveram envolvidos a Embrapa (responsável pela coordenação geral do ZEE), a Universidade Federal do Pará, a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais - Serviço Geológico do Brasil, o Departamento Nacional de Produção Mineral, o IBGE, o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do Pará.
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