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MMA investe na qualificação de analistas sobre mudanças climáticas

Publicado: Quinta, 22 Março 2007 21:00 Última modificação: Quinta, 22 Março 2007 21:00
Rafael Imolene

O Núcleo de Energia e Mudanças Climáticas, que integra a Secretaria de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, concluiu nesta sexta-feira (23), em Brasília, um curso de capacitação sobre mudanças climáticas, com ênfase em aquecimento global. Participam do curso 30 analistas do MMA recém-integrados ao quadro de funcionários, que vão garantir mais qualificação ao governo em relação a esse tema, um dos que mais preocupa cientistas do mundo inteiro.

Segundo a coordenadora do Núcleo, Vânia de Araújo Soares, essa é uma tendência que deverá se fortalecer nos próximos anos. "Hoje temos duas pessoas trabalhando com mudanças climáticas no nosso núcleo, mas em breve esse número passará a nove. Isso sem contar os analistas de outros núcleos e secretarias", afirma Vânia. "Assim como a redução do desmatamento, que tem relação direta com o tema, foi a prioridade nos últimos quatro anos, mudanças climáticas deverão ser a prioridade dessa nova gestão", diz.

O curso intensivo, de três dias, foi realizado no Centro de Treinamento do Ibama, em Brasília, com apoio do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio Janeiro (Coppe-UFRJ). Três professores da capital carioca conduziram a capacitação: Emilio La Rovere, Alexandre D'Avignon e Cláudia do Valle, todos com alta especialização em clima.

Ainda de acordo com Vânia Soares, o Brasil hoje tem condições de produzir pesquisas científicas de padrão internacional sobre o assunto, sendo capaz de contribuir não só com a mitigação dos seus efeitos, mas também com a prevenção do problema. Para tanto, conta com ações do MMA, como a redução de 52% do desmatamento desde 2004, além dos incentivos à produção de biocombustíveis.

Outra prioridade, diz Vânia, será identificar as áreas mais vulneráveis às conseqüências, como as zonas costeiras, e criar políticas que beneficiem as populações que correm mais riscos. Vânia lembra que o Brasil possui um grande número de cientistas no IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) e é o segundo país do mundo em número de projetos aprovados na Secretaria Executiva da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês), somente atrás da Índia. "Temos muito a contribuir com o planeta", diz

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