Regina Rabelo
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou na manhã desta quinta-feira (25) da inauguração do novo bromeliário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, construído com a colaboração de parceiros como a Amil, o BNDES e a Petrobras. Durante a cerimônia, ela ressaltou a importância da contribuição da sociedade na preservação das riquezas naturais. "Precisamos cuidar daquilo que é belo, sempre com base na pesquisa, para reintroduzir na natureza as espécies que correm riscos de desaparecimento", afirmou.
Para a ministra, a integração de diferentes setores na proteção do meio ambiente tem sido a marca de atuação do MMA nos últimos quatro anos. "Estamos trabalhando com a visão de uma política ambiental integrada, controlada e de efetiva participação da sociedade. Trabalhamos com transparência para que sociedade possa nos cobrar quando necessário".
Marina Silva lembrou que a inauguração do bromeliário ocorreu em um dia especial, quando se iniciam as comemorações dos 80 anos de nascimento de Tom Jobim, um dos mais assíduos freqüentadores do Jardim Botânico carioca. "Ele, mais do que ninguém, promoveu o encontro da arte com a natureza. É desse encontro do homem com a natureza que seremos capazes de promover uma cultura e uma sociedade sustentável", disse.
A ministra ressaltou que o MMA tem uma clara percepção sobre a importância de investir, cada vez mais, em informação e pesquisa. "A pesquisa sustenta aquilo que o público terá como um espaço de prazer. Ela é responsável pelo bromeliáro", afirmou Marina.
O novo bromeliário oferece mais espaço, espécies e canteiros, além de condições climáticas ideais para a conservação da rica e rara coleção de bromélias do Jardim Botânico. São 600 metros quadrados. Isso significa que o bromeliário tornou-se a maior estufa destinada a uma coleção botânica do parque, que dispõe, ainda, de orquidário, cactário e insetívoras.
Mesmo antes da reforma já era o ponto mais visitado do Jardim Botânico, uma vez que a coleção abrange 20 gêneros de bromélias do Brasil e de países da América do Sul e América Central, com grande importância para pesquisas científicas. Há espécies da Amazônia, da Mata Atlântica, Caatinga e restingas.
O novo bromeliário possui uma área de exposições e de informações, onde os visitantes terão acesso a painéis informativos sobre as plantas. A obra foi desenvolvida em parceria com a empresa Amil e custou cerca de R$ 320 mil. Durante os trabalhos foram descobertos degraus originais de um prédio de 1936, o Pavilhão Espírito Santense, que deu origem ao antigo bromeliário. Eles foram mantidos e estão ao lado de uma rampa de acesso para portadores de necessidades especiais.
O projeto arquitetônico priorizou a ventilação e a iluminação. A cobertura ganhou telhas de policarbonato brancas translúcidas, permitindo uma iluminação difusa e o reflexo do excesso de calor. Isso garante, no interior do bromeliário, a proteção da planta e uma temperatura agradável para o visitante. Um chafariz decorativo foi instalado e, em volta dele, há grades em forma de folhas de bromélias.
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