Regina Rabelo
A criação de Unidades de Conservação (UCs) ao longo da rodovia BR-139, que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM), é a principal meta do Ministério do Meio Ambiente para o setor de proteção ambiental, em 2007, informa o diretor de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente, Maurício Mercadante. O objetivo é ordenar o processo de ocupação naquela região, controlar a ocupação ilegal de terra e o desmatamento.
De acordo com Mercadante, as UC's a serem criadas na estrada Porto Velho/Manaus fecham o ciclo de providências adotadas pelo governo para formar um cinturão verde de proteção à floresta amazônica. Ele acredita que as novas unidades contribuirão para manter a floresta em pé, sendo usada de forma sustentável, gerando emprego e renda não só para as gerações presentes, mas também para as gerações futuras.
Para Mercadante, a medida dá continuidade aos importantes avanços alcançados pelo governo nos últimos quatro anos, em termos de áreas protegidas em todos os biomas brasileiros, sobretudo na Amazônia. "O cinturão verde foi se formando com a criação de 19 milhões de hectares de unidades de conservação na região e ao longo da BR-163 (Cuiabá-Santarém), que também ganhou um Distrito Florestal para estimular e fomentar a economia na região", disse.
As novas unidades criadas da Amazônia são parques, florestas nacionais, reservas extrativistas dentro da estratégia de redirecionar a economia da região para a atividade florestal sustentável, de modo que a gerar emprego e renda, mas sem o desmatamento da floresta. "Conseguimos algumas vitórias expressivas, em particular na Terra do Meio, uma área que estava sob pressão grande de desmatamento, com muito conflito fundiário, muita violência em torno da luta pela terra", afirmou o diretor de Áreas Protegidas do MMA. Na Terra do Meio, foram criadas duas grandes UC's, a Estação Ecológica da Terra do Meio e o Parque Nacional da Serra do Pardo, e duas reservas extrativistas, a do Rio Iriri e do Riozinho de Anfrísio.
Outro avanço importante foi ao longo da BR-163, no contexto de asfaltamento da região, onde o processo de desmatamento era intenso. "Conseguimos também criar um conjunto expressivo de unidades de conservação, entre florestas nacionais e parques nacionais. Algo em torno de oito milhões de hectares em torno da BR-163", completou Mercadante. Em relação aos demais biomas foram alcançados resultados expressivos na Mata Atlântica, onde foram criadas UC's para proteger as matas de araucárias, uma das mais desprotegidas do país. O cerrado foi beneficiado com a ampliação do Parque Nacional de Brasília e a criação do Parque Nacional da Chapada das Mesas, além de duas reservas extrativistas em Goiás.
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