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Música clássica é nova aliada na preservação da Amazônia

Publicado: Quarta, 03 Janeiro 2007 22:00 Última modificação: Quarta, 03 Janeiro 2007 22:00

Rafael Imolene

A música clássica de João Carlos Martins se juntará aos esforços pela preservação da floresta amazônica, no próximo sábado (6), quando o pianista e maestro se apresentará no Carnegie Hall, em Nova York, com a Orquestra Bachiana de Câmara, dando início ao projeto Amazon Forever (Amazônia para Sempre). O concerto tem como finalidade mobilizar os norte-americanos para a questão amazônica e reunir potenciais doadores e financiadores para o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa).

O programa Arpa, criado pelo governo brasileiro em 2002, em parceria com organizações da sociedade civil, possui supervisão do Ministério do Meio Ambiente e de órgãos gestores, bem como parceria técnico-financeira com governos estaduais e municipais e com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), além dos seguintes doadores: Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF) - por meio do Banco Mundial, WWF-Brasil e KFW. Em 10 anos, o investimento estimado para o Arpa é de US$ 400 milhões.

Com o Programa, o Governo Federal contribui para a consolidação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). A meta é proteger pelo menos 50 milhões de hectares de florestas na Amazônia por meio da consolidação de unidades de conservação já existentes e da criação e implementação e consolidação de novas unidades.

Na sua primeira fase, de quatro anos, foram investidos cerca de US$ 80 milhões no Arpa, recursos provenientes do Governo Federal (US$ 18 milhões) e dos doadores: GEF (US$ 30 milhões), WWF (US$ 16 milhões), KfW (US$ 14 milhões).

Esses recursos têm importância estratégica para o governo na implementação de políticas para o desenvolvimento sustentável e conservação da biodiversidade da Amazônia. Cerca de US$ 14 milhões foram utilizados para formar o Fundo de Áreas Protegidas, de capitalização permanente.

O concerto - O músico João Carlos Martins se apresenta na conceituada casa de shows novaiorquina com a Orquestra Bachiana de Câmara, em estréia dupla: pela primeira vez, Martins se apresenta como maestro no Carnegie Hall. Ao mesmo tempo, será a estréia de uma orquestra sinfônica brasileira neste palco. Os ingressos, já esgotados, foram simbolicamente vendidos a US$ 1, já que o objetivo principal é atrair o público.

A apresentação terá a participação de 26 músicos brasileiros, que executarão a Suíte n. 1 de Bach, o Prelúdio Bachiano de Villa Lobos, além da estréia mundial da obra do compositor e pianista Stefan Melayers para a Amazônia. Com importantes trabalhos sociais no Brasil, João Carlos Martins é reconhecido mundialmente como um dos principais intérpretes da obra de Johann Sebastian Bach. Após uma série de acidentes que paralisaram o movimento de suas mãos, o pianista resolveu dedicar-se à regência. No entanto, como não consegue mudar as páginas das partituras, precisa decorar toda a sinfonia para as apresentações.

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